quarta-feira, 31 de julho de 2019

Por que os cachorros ficam grudados quando cruzam ?

A reprodução dos cachorros é um processo complexo que geralmente começa com o cortejamento, no qual macho e fêmea emitem sinais para dar a entender ao outro que estão preparados para cruzar e, consequente cópula. Uma vez que o cruzamento é feito, observamos que o macho desmonta a fêmea, mas o pênis permanece dentro da vagina, de maneira que os dois cães ficam grudados. É nesse ponto que nos perguntamos a razão por trás disso e se devemos separá-los ou, pelo contrário, deixar que se separem de maneira natural.

O acasalamento dos cachorros é bastante estranho, não é? Este comportamento de ficar “grudados” dando impressão de dor e desconforto é uma das fases do acasalamento. 

Os cães possuem, obviamente, uma anatomia do pênis e da cérvix bem diferenciada de nós humanos. Vamos entender melhor como isso funciona.

Sistema reprodutor: cachorro macho


A fim de entender mais facilmente porque quando os cachorros cruzam eles ficam grudados, é essencial fazer uma breve revisão da anatomia do sistema reprodutivo, tanto do macho quanto da fêmea. Assim, o aparato interno e externo do cão é composto das seguintes partes:
  • Escroto: saco responsável por proteger e manter os testículos do cão em uma temperatura adequada. Em outras palavras, é a parte visível dessas glândulas.
  • Testículos: localizados dentro do escroto, eles têm a função de produzir e amadurecer o esperma e os hormônios masculinos, como a testosterona. Eles têm formato ovular, são posicionados horizontalmente e são geralmente simétricos.
  • Epidídimos: localizados em ambos os testículos, são os tubos responsáveis por armazenar e transportar o espermatozoide até o ducto deferente. Esses tubos são compostos de cabeça, corpo e cauda.
  • Ducto deferente: começa na cauda do epidídimo e tem a função de transportar o espermatozoide para a próstata.
  • Próstata: glândula que envolve o colo da bexiga e o início da uretra, cujo tamanho não é semelhante em todas as raças, variando significativamente de uma para outra. Sua função é gerar uma substância chamada fluido prostático ou plasma seminal, para facilitar o transporte dos espermatozoides e nutri-los.
  • Uretra: este canal não se destina apenas a transferir a urina da bexiga do cão, também faz parte do sistema reprodutor canino, transportando espermatozoides e líquido prostático para a sua ejaculação final.
  • Prepúcio: corresponde à pele que reveste o pênis para protegê-lo e lubrificá-lo. Esta segunda função do prepúcio é graças à sua capacidade de produzir um líquido chamado esmegma, de cor esverdeada, para este fim.
  • Pênis: em estado normal, fica dentro do prepúcio. Quando o cão se sente excitado, a ereção começa e, portanto, o pênis aparece no exterior. É formado pelo osso peniano, que permite a penetração, e o bulbo peniano, um sulco ventral que permite o chamado "abotoamento".

Sistema reprodutor: cadela


Tal como acontece com o corpo do macho, o sistema reprodutivo da fêmea é composto de órgãos internos e externos, alguns deles culpados por manter os cachorros grudados depois de cruzar. Abaixo, explicamos resumidamente a função de cada um deles:
  • Ovários: com forma oval, eles têm a mesma função que os testículos nos machos, produzindo óvulos e hormônios femininos, como os estrogênios. Tal como acontece com a próstata masculina, o tamanho dos ovários pode variar dependendo da raça.
  • Ovidutos: tubos localizados em cada um dos ovários e cuja função é transferir os óvulos para o corno uterino.
  • Corno uterino: também conhecidos como "cornos do útero", eles constituem dois tubos que transportam os óvulos para o corpo do útero se tiverem sido fertilizados pelo espermatozoide.
  • Útero: é onde ocorre o aninhamento dos zigotos para se tornarem embriões, fetos e, mais tarde, filhotes.
  • Vagina: não deve ser confundida com a vulva, já que a vagina é o órgão interno e a vulva é o externo. Na cadela, localiza-se entre o colo do útero e o vestíbulo vaginal, sendo o local onde ocorre a cópula.
  • Vestíbulo vaginal: localizado entre a vagina e vulva, permite a penetração durante o cruzamento.
  • Clitóris: assim como nas mulheres, a função deste órgão é produzir prazer ou estimulação sexual para a cadela.
  • Vulva: como dissemos, é o órgão sexual externo da cadela e muda de tamanho durante o período do cio.

Por que quando os cachorros cruzam eles ficam grudados ? 

 

Uma vez que ocorre a penetração, o macho tende a "desmontar" a fêmea, mantendo-se ligado a ela e levando os donos de ambos os animais a se perguntarem por que os cachorros ficaram grudados e como separá-los. Isto ocorre porque a ejaculação do cão ocorre em três fases da fecundação ou frações:

  • Fração uretral: ocorre durante o início da penetração, o cão expele um primeiro líquido, completamente livre de espermatozoides.
  •  Fração espermática: após a primeira ejaculação, o animal completa a ereção e passa a liberar uma segunda ejaculação, desta vez com espermatozoides. Durante este processo, um aumento do bulbo peniano ocorre devido à compressão venosa do pênis e consequente concentração sanguínea. Nesse momento, o macho se vira e desmonta a fêmea, o que deixa os cachorros grudados.
  • Fração prostática: embora nesse momento o macho já tenha desmontado a fêmea, a cópula ainda não terminou, porque uma vez que ele se vira há o chamado "abotoamento", devido à expulsão da terceira ejaculação, com um número muito menor de espermatozoides do que a anterior. Quando o bulbo relaxa e recupera seu estado normal, os cães se soltam.
No total, a cópula pode durar entre 20 e 60 minutos, sendo 30 a média usual.

Desta forma, e uma vez revisadas as três fases da ejaculação do macho, vemos que a razão que responde à pergunta "por que os cachorros ficam grudados" é a expansão do bulbo peniano. O tamanho que alcança é tão grande que ele não consegue passar pelo vestíbulo vaginal, que se fecha justamente para garantir isso e evitar danificar a fêmea.

Cachorro cruzando: devo separar?


Não ! A anatomia do macho e da fêmea não permite a extração do pênis antes de terminar a terceira ejaculação do cachorro. Se eles fossem separados à força, ambos os animais podem ser feridos e danificados, e a cópula não chegaria ao seu fim. Durante esta fase da fecundação, deve-se permitir que os animais realizem o seu processo de cruzamento natural, fornecendo-lhes um ambiente descontraído e confortável.

É comum ouvir a fêmea emitindo sons semelhantes a um choro e até rosnados ou latidos, e embora isso possa levar seus companheiros humanos a pensar que é necessário separá-la do macho, é melhor não estimular o estresse e, como já dissemos, deixar que separem sozinhos.
Uma vez produzida a cópula, se os óvulos foram fecundados e a fêmea entrou em estado de gestação, será necessário fornecer a ela uma série de cuidados.

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segunda-feira, 29 de julho de 2019

Doença Periodontal

A periodontia é a área da odontologia que cuida da saúde bucal, especialmente da gengiva e outras estruturas que estão ao redor do dente. Se o seu pet tem mau hálito e tártaro, por exemplo, ele precisa de cuidados nesta área. O mau hálito é um forte indicativo que algo não vai bem e a saúde oral de seu pet está em risco.

Outros sinais que indicam problemas periodontais (doença periodontal) são: inflamação e sangramento da gengiva, presença de tártaro, mobilidade dos dentes, salivação excessiva, dentre outras.

A Doença Periodontal é a inimiga número 1 da saúde bucal dos pets. Cerca de 80% dos cães e gatos adultos sofrem deste mal. Como não temos o hábito de olhar a boquinha deles, a doenca periodontal pode passar despercebida e colocar em risco sua saúde. 

Se não for controlada, pode levar desde uma inflamação da gengiva até a perda dos dentes, e se não bastasse isso, ainda pode comprometer o coração, pulmão, fígado, rins e outros órgãos vitais.

Entenda como a doença se desenvolve:
 
Uma boca saudável é caracterizada por ter dentes brancos, gengiva e mucosas saudáveis. Em geral, a gengiva e as mucosas são róseas, mas em alguns pacientes pode ter áreas de pigmentação escura ou serem totalmente pigmentadas. O esquema abaixo mostra um dente e as estruturas que seguram este dente na boca (osso e ligamentos periodontais). A gengiva protege o osso, por isso deve ficar bem grudada ao dente.


A placa bacteriana se acumula causando inflamação da gengiva, que se “solta” do dente (bolsa periodontal) permitindo que as bactérias invadam o ligamento periodontal e o osso levando a destruição gradativa destas estruturas que sustentam o dente (periodontite). Com o tempo, o dente começa a ter mobilidade e pode cair. As manchas amarronzadas na imagem da boca do cão e no esquema representam o tártaro que é a placa bacteriana calcificada pela saliva. O tártaro torna a superfície dos dentes áspera facilitando o acúmulo de maior quantidade de placa agravando a doença.
Com estas informações básicas, você já pode olhar o boca de seu pet e verificar se ele tem doença periodontal. Em caso afirmativo, ele precisa de um tratamento profissional.

  
Algumas considerações são importantes:

  

mau hálito indica que existe atividade bacteriana, ou seja, infecção na boca de seu pet e ele precisa de cuidados odontológicos;

  • Não é a quantidade de tártaro que indica a gravidade da doença. Em qualquer grau, a doença periodontal deve ser tratada. Não espere juntar mais tártaro e piorar algo que pode ser resolvido facilmente;
  • Cães e gatos têm um senso de sobrevivência aguçado o que faz com que eles comam mesmo quando estão com dor de dente. Eles também engolem os alimentos, até mesmo a ração, sem mastigar. Portanto, não ache que o fato dele estar comendo significa que esteja tudo bem com sua saúde oral;
  • O profissional especializado em odontologia veterinária é a pessoa mais indicada para avaliar a condição de saúde oral do seu pet e determinar se ele precisa de um tratamento profissional ou iniciar uma rotina de cuidados odontológicos em casa;
  • Leve seu pet pelo menos uma vez por ano para uma avaliação odontológica especializada.

Quando os dentes de leite não caem

A persistência dos dentes de leite é muito comum em cães de raças pequenas (Poodle, Yorkie, Maltês…) e deve ser tratada precocemente para evitar que os dentes permanentes nasçam tortos e também o aparecimento precoce da doença periodontal (os dentes ficam muito juntos e isto facilita o acúmulo de placa bacteriana). 

Canino de leite superior persistente. Canino permanente nasceu mais para frente não permitindo que o canino inferior encaixe na posição certa.

Radiografia revela persistência do canino de leite (a raiz não foi reabsorvida, por isso não caiu).

A idade de troca dos dentes em cães e gatos é aproximadamente do 4° ao 6° mês de vida. O normal é que o dente “de leite” caia e somente depois nasça o dente permanente. Caso o dente permanente comece a nascer e o dente “de leite” ainda esteja no lugar, este deverá ser imediatamente extraído. Mesmo que o dente venha a cair mais tarde, o dente permanente pode ficar em posição errada.

É muito comum que, depois de certa idade, comecem a surgir doenças da gengiva (doença periodontal) em cães também. Mas como podemos ajudar nossos peludos? O que é doença periodontal? Como evitar o surgimento das doenças da gengiva em cães? Confira:

O que é doença de gengiva (doença periodontal) ?


Segundo a Associação Brasileira de Odontologia Veterinária (Abov), a doença de gengiva é a mais comum entre os cães. Oito em cada dez animais desenvolvem o problema. Ou seja, grande parte da população canina terá a doença em alguma fase da vida. Certas complicações odontológicas em pets são semelhantes às humanas, outras são bem específicas. A doença periodontal, por exemplo, mais conhecida como a doença da gengiva, é mais corriqueira em cães do que em pessoas. Normalmente ela aparece mais prematuramente, se comparada à que atinge seres humanos. Cães de raças pequenas costumam amargar mais com a doença do que os maiores, sendo que os afetados costumam pesar até 7 kg.

Sintomas da doença da gengiva:

 

• Vermelhidão e inchaço gengival (gengivite)
• Sangramento gengival
• Acúmulo de cálculo dental
• Halitose
O não tratamento adequado pode causar:
• Perda dental
• Irritabilidade/desconforto e dor
• Infecção sistêmica de outros órgãos (ex: coração e rins)

Como evitar doenças de gengiva?

 

A utilização de produtos que perfumam a boca dos animais pode esconder o problema de saúde, portanto abrir a boca do seu cão para examinar se os dentes estão em ordem é um dos cuidados frequentes necessários para assegurar uma vida saudável ao pet. A escovação é crucial e deve fazer parte da rotina de cuidados diárias do animal (com pasta e escova apropriadas).

Além da escovação, alimentos funcionais (principalmente petiscos) que se comprometem a reduzir o tártaro realmente funcionam, mas é necessário fazer com que o cão os ingira diariamente. Esses alimentos podem ser oferecidos como petiscos e, além dos cães adorarem, fazem bem para a saúde dos nossos peludos!
 

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domingo, 28 de julho de 2019

Cachorro Sonha? Entenda agora !

Cachorro sonha! Sim, incrível né!  Isso te deixa “inquieto” de alguma forma? Você já teve curiosidade a respeito do hábito de sono do seu cachorro? Quanto tempo ele costuma levar para dormir ou, ainda, qual a média de sono dele por dia? Ele dorme muito ou pouco? Estas perguntas sempre foram feitas pelas pessoas mais curiosas, pois isso intriga a muitos dos que amamos nossos cães.

Se você já passou algum tempo observando toda a fofura que é um cãozinho dormindo, provavelmente já testemunhou períodos de sono mais ativos. Eles podem mexer as patas, balançar a cauda uma vez ou outra, ensaiar um latido sem som, ou até mesmo rosnar e choramingar. Então: cachorro sonha? Perguntar-se se eles sonham e, além disso, qual a natureza desses sonhos, é algo bem comum entre tutores e admiradores de cães. Esse tipo de pergunta levou grandes pesquisadores em universidades ao redor do globo a investigar e buscar maiores explicações sobre o assunto.

Aliás, o início do século XXI foi marcado por diversos estudos realizados e publicados nos campos da neurociência e psicologia sobre a existência e os impactos de sonhos na cognição de animais. Do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, até a Universidade de British Columbia, na Inglaterra, as pesquisas sobre sonhos em animais têm mostrado que podem ajudar até mesmo a entender problemas humanos complexos, como o Alzheimer e a insônia.

Assim como os seres humanos, os cachorros também possuem atividade cerebral enquanto dormem, e por isso costumam ser mais agitados enquanto estão dormindo, e pode explicar porque o cachorro treme enquanto dorme.

Sabe aquele momento que o cãozinho está dormindo, mas mesmo assim continua se mexendo ou tremendo? Então, é o momento que o metabolismo canino está trabalhando, refletindo também no sistema nervoso, para que haja a chamada atividade cerebral.

Cachorro sonha, afinal?


Os resultados desses estudos mostram que muitos animais, incluindo humanos, ratos, cachorros, gatos e até algumas aves, possuem similaridades na estrutura cerebral e nos padrões de atividade do cérebro, tanto dormindo quanto acordados. Isso sugere não apenas que cachorro sonha sim, mas também que alguns de seus sonhos, como os nossos, reprisam eventos vividos no dia e também permitem o processamento do que foi aprendido.

Porções análogas da arquitetura cerebral que produzem imagens e criam memórias parecem ter funções similares entre a maioria das espécies de mamíferos. Isso inclui a ponte do tronco cerebral, que tem, entre suas funções, a capacidade de restringir o movimento físico enquanto dormimos. Sempre que você vir uma patinha se movendo ou ouvir um latido baixinho enquanto seu cachorro dorme, lembre-se que nós não somos tão diferentes rolando na cama e murmurando.

Os sonhos começam a partir dos 20 minutos de sono do seu cãozinho. Eles podem variar em duração e quantidade dependendo de fatores que vão desde o porte do cão até sua idade. Cachorros pequenos, por exemplo, tendem a ter sonhos menores e mais frequentes a cada ciclo de sono. Já as raças de cachorros grandes costumam ter sonhos maiores, porém sonham menos vezes. E os filhotes – não importa o tamanho -, que estão aprendendo sobre o mundo que os cerca, tendem a ter uma média de sonhos maior do que os cães adultos e idosos.

Como saber quando cachorro sonha?

 

É super comum o seu amiguinho tirar aquele cochilo durante a tarde ou até mesmo durante a noite; e quando cai em sono profundo, começa a expressar reações musculares como mexer a patinha ou até o rosto, e em alguns casos emite sons como rosnados e/ou latidos. 

Sim, isso significa que o seu pet está sonhando — ou até mesmo tendo um pesadelo.

Para chegarem a esta conclusão, especialistas realizaram um exame que geralmente é feito em humanos, chamado eletroencefalograma, que analisa as atividades cerebrais enquanto estamos dormindo. 

Ao realizarem tal atividade nos cães enquanto estão dormindo, puderam ver que eles possuem os mesmos padrões das ondas cerebrais que os seres humanos. Curioso, não é ?

Os cachorros possuem três estágios enquanto estão dormindo:
  • NREM: movimento não-rápido dos olhos;
  • REM: movimento rápido dos olhos;
  • SWS: sono de onda lenta, estágio onde o cão geralmente respira profundamente.
O estágio REM (movimento rápido dos olhos), é o que seres humanos e cachorros costumam ter contrações musculares, como mexer a patinha ou o pé involuntariamente, ou até mesmo latir ou falar durante o sono.

Esse estágio acontece por conta do sono profundo, onde associa as atividades diárias como correr e pular. A partir de tais lembranças, o cãozinho “imita” os movimentos — e daí o vemos tremedeira, patinhas se mexendo ou mesmo latidos baixinhos.

Quanto tempo dura o sono do seu cachorro?

 

Quando são filhotes, dormem 90% do dia. Contudo, seus horários são muito irregulares e inconstantes até que aprendam a dormir no local certo. Quando atingem 12 semanas de idade , o mais normal é que eles durmam entre 18 e 20 horas por dia.

Um cachorro adulto dorme cerca de catorze horas por dia. Até nove horas durante a noite e alguns leves cochilos no decorrer do dia. Quando são idosos tendem a dormir 70% do dia e um pouco mais se tiverem problemas musculares, nas articulações ou algum tipo de doença.

É importante deixar claro que os cachorros precisam ter uma vida ativa, ou seja, muitas caminhadas e corridas, mas sem se esquecer do repouso necessário.
 

Quando os animais sonham: cuidados importantes


Da mesma forma que não se deve acordar bruscamente uma pessoa que está sonhando, o mesmo se repete para os cães. Não sabemos o que eles estão sonhando e por isso pode ser muito perigoso acordar sacudindo-os ou gritando seu nome.

Se o seu cachorrinho está muito agitado durante o sono, talvez seu sonho esteja intenso demais e ele pode sim, estar tendo um pesadelo. Se você quer acordá-lo, para que ele fique um pouco mais calmo, acorde-o gentilmente, sem tocá-lo.
  • Opte por chamar o cãozinho pelo nome dele com um tom suave e tranquilo, mas não grite!
  • Não toque no pet. Mantenha distância e não faça carinho,
  • Quando ele acordar, espere um pouco e depois o acaricie.
Agora que você está um pouco mais preparado com as nossas dicas, fique sempre atento quando o seu cachorrinho estiver sonhando, para que ele não caia nos pesadelos, mas lembre-se: cachorro tem pesadelo, e se o seu estiver tendo um, o acorde com gentileza e calma.

Com o que seu cachorro sonha

 

Infelizmente, pode ser que nunca tenhamos uma resposta assertiva sobre o conteúdo dos sonhos de um cachorro. Mesmo com essa incerteza cruel, pesquisas científicas têm sugerido algumas respostas. Os estudos do MIT sobre os sonhos dos ratos mostrou que uma atividade cerebral praticamente idêntica ocorre quando os roedores estão sonhando e quando estão correndo pelos labirintos.

Uma vez que nós também sonhamos com atividades típicas do dia-a-dia, podemos acreditar que, quando seu cachorro sonha, esses sonhos sejam da mesma natureza. Em outras palavras, cães sonham sobre coisas de cachorro: perseguir o gato da família, latir para o carteiro, o gosto da ração que comeu no jantar, o som e a sensação de brincar com seu brinquedo para cachorro favorito, ou, por que não, podem sonhar com aquela soneca gostosa que tiraram durante o dia também.

Os cães têm pesadelos?


Além da nossa curiosidade sobre a existência e o conteúdo dos sonhos dos cachorros, também nos perguntamos se nossos cãezinhos podem ter sonhos ruins. Por que não? Se os cães têm sonhos que utilizam as mesmas partes do cérebro, têm os mesmos espasmos noturnos e deixam escapar os mesmos sons aleatórios que os humanos, então certamente o conteúdo desses sonhos deve variar de confortante a aterrorizante.

Os pesadelos dos cães provavelmente são menos abstratos e mais concretos que os nossos, certamente girando em torno de perigos reais pelos quais eles passaram. Os cachorros não têm preocupações com fantasmas, zumbis ou bonecos malignos, por exemplo – e que sorte a deles, não é mesmo? Por isso acreditamos que seus sonhos sejam menos grotescos que os nossos, embora igualmente terríveis.

Cachorros têm sonhos lúcidos?

 

Uma pergunta que não é muito comum em relação a essa questão de “se” e “como” um cachorro sonha tem a ver com o fenômeno de sonho lúcido. Talvez você já tenha ouvido falar disso, navegando pela internet ou em algum filme ou música. Um sonho lúcido é aquele em que sabemos que estamos sonhando, dentro do próprio sonho, e lá tentamos exercer controle sobre o que acontece ao redor. Ou seja, em vez de simplesmente sonhar que está voando, você decide voar porque sabe que se trata de um sonho – qualquer que seja esse sonho.

É bem provável que isso nem seja algo a se pensar enquanto seu cachorro sonha. Ele estará ocupado demais perseguindo, fugindo ou comendo algo, provavelmente. Da mesma forma que comparamos os pesadelos humanos com os caninos, podemos pensar que os cães simplesmente têm menos preocupações, e não fazem questão de definir o que é ou não um sonho, muito menos se importam em tentar controlá-lo.

Outros pontos importantes...

 

A falta de sono prejudica os cães


Isso pode afetar o humor deles, porque eles precisam reabastecer as energias que perderam durante as brincadeiras e corridas do dia-a-dia. Às vezes, eles apenas dormem para descansar quando estão entediados.

Certifique-se de que seu cachorro esteja se exercitando


Quando eles são adultos e têm mais energia é fundamental que gastem o máximo de energia que conseguirem. Caso contrário, ele latirá excessivamente ou vai procurar alguma brincadeira para fazer. Caso seu cachorro durma muito, leve-o a um veterinário.

Se seu cachorro dorme mais do que o normal e não gosta de praticar nenhuma atividade física, isto pode ser um sintoma de algum problema de saúde ou, infelizmente, depressão e tristeza.

No inverno eles dormem mais


No inverno, eles preferem dormir mais, preferencialmente, na cama de seus donos. Já no verão, eles gostam de dormir no chão, já que a temperatura lá é mais fria.

Cães roncam e sonham também


Não os acorde ou interrompa o sono deles para que o humor e temperamento não sejam afetados por isso. O que um cão mais precisa para dormir em paz é muito carinho do seu dono.

O que você acredita que acontece na mente do seu cãozinho enquanto ele dorme? Com o que você acha que eles sonham? Você costuma ver seu cachorro reagindo a sonhos mais durante os cochilos do dia ou durante o sono profundo à noite? Contem pra gente nos comentários! 🙂

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sábado, 27 de julho de 2019

Doença do carrapato: o que é, sintomas e tratamento

Alguns tutores não dão muita importância quando o cão está parasitado por carrapatos porque acreditam que, na pior das hipóteses, o pet pode ter uma reação alérgica e passar a se coçar. Mas eles estão muito enganados. Conheça agora a erliquiose canina, uma doença muito séria !

Mais conhecida como doença do carrapato, é uma das muitas enfermidades transmitidas por esse tipo de ectoparasita que, a exemplo de pulgas e pernilongos, se reproduz com mais facilidade nas estações mais quentes do ano.

Ao levar à destruição das células sanguíneas, a doença tem impacto no sistema imunológico e na capacidade de cicatrização do organismo do hospedeiro, o que causa uma série de outras complicações.

Muito conhecida como doença do carrapato, a Erliquiose é uma doença infecciosa transmitida pela mordida do carrapato contaminado pela riquetsia Erlichia sp.

Erlichia sp. é um microorganismo do grupo das bactérias (riquétsia). Existe várias espécies de Erlichia, sendo a Erlichia canis a que mais comumente  afeta os cães. 

Erliquiose (tanto em homens quanto em cães) geralmente é transmitida através do carrapato-vermelho-do-cão, porém, pode acontecer a transmissão através da transfusão sanguínea.

Depois que a Erlichia entra no corpo através da mordida do carrapato, ele afeta as células na corrente sanguínea do cachorro. As células brancas (preciosas na luta contra infecções), células vermelhas (necessárias para o transporte de oxigênio no corpo) e as plaquetas (necessárias para ajudar a formar coágulos sanguíneos) podem ser afetadas. 

É importante salientar que apesar de homens e cachorros poderem ser afetados, não é conhecida nenhuma transmissão entre o cão e o humano, o carrapato sempre é o transmissor.

Todas as raças caninas são passíveis de adquirir a bactéria, porém algumas raças, principalmente o Pastor Alemão, são mais propícias a desenvolver uma infecção crônica séria. 

O que é ?


A doença do carrapato é uma infecção grave causada por hemoparasitas que atacam o sangue do cachorro e pode levar à morte. O carrapato raramente contamina gatos e seres humanos, mas não é impossível.

A doença do carrapato se apresenta de duas formas: erliquiose, uma bactéria, e babesiose, um protozoário. São dois micro-organismos diferentes que atacam células distintas, mas em geral causam problemas muito similares. É comum que a infecção seja pelas duas juntas, ou seja, o carrapato vai transmitir tanto a erliquiose quanto a babesiose para o cachorro.

Em geral, a erliquiose se manifesta e progride lentamente, tornando-se crônica, isto é, com sintomas claros. A babesiose, por outro lado, mostra rapidamente a que veio com sintomas semelhantes à erliquiose. A única maneira de confirmar qual delas atacou o animal é por exames laboratoriais, como o de sangue.

A doença do carrapato não tem vacina, mas há formas de prevenção. O problema existe há muito tempo e está ligado aos hábitos de higiene dos locais onde o cachorro transita. 

Quem causa a erliquiose canina ?


A doença é causada por uma bactéria, a Ehrlichia, transmitida pelo Rhipicephalus sanguineus, o famoso carrapato marrom. O carrapato se contamina quando pica um animal parasitado e, ao picar um segundo cão, transmite a doença.

A bactéria cai na corrente sanguínea e se replica nas células de defesa (os glóbulos brancos), que estão nos linfonodos, no baço e na medula óssea, causando a destruição dessas células. Hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas também podem ser destruídas.

O resultado é um cão debilitado, anêmico, podendo ter sangramentos em vários órgãos do corpo e apresentar doenças secundárias, já que o sistema de defesa está funcionando mal.

Fases e sintomas da doença


Como todas as doenças que afetam o sistema imunológico, o prognóstico da erliquiose canina não é igual em todo cachorro. Os sintomas variam de acordo com a gravidade da infecção, a resposta do organismo, a espécie de Ehrlichia envolvida no caso e até a presença de outros tipos dessa bactéria ou de outros microrganismos transmitidos pelo mesmo vetor no organismo do cão. 

Fase aguda da erliquiose


Após o animal ser picado pelo parasita infectado, a doença tem um período de incubação de sete a 21 dias, no qual a bactéria está se multiplicando, e o organismo do cãozinho está tentando vencer a doença.

Nesse período, a infecção pode não ser notada, porque as manifestações clínicas são muito leves e inespecíficas, como apatia, sangramentos pontuais e perda de apetite eventual. Nos exames de sangue, no entanto, o número de células de defesa já tende a cair.

Se o organismo do animal não vencer a bactéria, os sinais clínicos da doença ficam mais evidentes de uma a três semanas após a picada.

Eles sugerem a presença de uma infecção, mas seguem inespecíficos. Os principais sintomas da fase aguda da doença são:
  • Febre;
  • Fraqueza e falta acentuada de apetite;
  • Presença de manchas avermelhadas na pele,
  • Chances de sangramento na urina e pelas narinas,
  • Possibilidade de alterações oculares e neurológicas, como convulsões, conforme os pontos nos quais houver sangramento.
A fase aguda dura de duas a quatro semanas, e há bichinhos que infelizmente não sobrevivem à doença.

A Erlichia entra nas células brancas do sangue e se reproduzem dentro delas. Além do sangue, são encontrados nos nódulos linfáticos, baço, fígado e na medula óssea. Plaquetas, que ajudam na coagulação do sangue, são frequentemente destruídas. Como resultado da infecção, os nódulos linfáticos, o fígado e baço são frequentemente aumentados. Anemia, febre, depressão, letargia, perda de apetite, falta de ar, dor e rigidez nas articulações, contusões e são muitas vezes vistos. Muitos cães serão capazes de combater a infecção. Se não, eles entram na fase subclínica.

Fase subclínica da doença


Com o tratamento da erliquiose, a sintomatologia da fase aguda vai se atenuando após algumas semanas, e o cachorrinho entra na fase subclínica da doença.

Nessa fase, a bactéria persiste no organismo do animal e os títulos de anticorpos são altos. Durante anos, pode haver leve alteração nos exames de sangue, mas as manifestações clínicas deixam de ser evidentes.

Essa intensa resposta do organismo pode levar a dois desfechos: ou ele elimina o agente ou os complexos formados pela bactéria e os anticorpos (chamados de imunocomplexos) passam a se depositar em vários órgãos do corpo, o que marca a terceira fase da doença.

Na fase subclínica o animal pode aparentar estar normal ou ter apenas anemia leve. Durante esta fase, a Erlichia vive no interior do baço. Esta fase pode durar meses ou anos. Em última análise, o cão ou elimina a Erlichia do corpo ou a infecção pode progredir para a fase crônica.

Fase crônica da enfermidade


O paciente apresenta, de forma atenuada, os mesmos sinais clínicos na fase aguda, mas, na etapa crônica, o que mais chama a atenção é a instalação de infecções secundárias (pela debilidade do sistema de defesa) e o comprometimento da medula óssea, que leva à imunossupressão, à persistência da anemia e à queda na contagem de plaquetas.

Além disso, os imunocomplexos depositados nos órgãos do paciente podem causar problemas renais, artrites, entre outros problemas graves.

A fase crônica pode ser leve ou grave. A perda de peso, anemia, perturbações neurológicas, a hemorragia, inflamação do olho, edema (acumulação de líquido) nas patas traseiras, e febre podem ser vistos. Os testes de sangue mostram que um ou todos os diferentes tipos de células no sangue são reduzidas. Um tipo de células, os linfócitos podem aumentar e ser anormal na aparência. Isto pode por vezes ser confundido com certos tipos de leucemia. Se um cão se torna cronicamente infectado, a doença pode voltar, especialmente durante períodos de estresse. Em alguns casos, a artrite ou uma doença do rim chamada glomerulonefrite pode desenvolver-se. 

Uma diminuição do número de plaquetas (plaquetas ajudam a coagular o sangue) é a evidência mais comum em todas as fases da doença. Alterações nos níveis de proteínas no sangue são comuns. A proteína mais comum, albumina, é reduzida e outro tipo de proteína, denominada globulina, é aumentada. 

Uma vez que um carrapato pode estar infectado com mais de uma doença (ex.: babesiose), não é de todo incomum ver um cão infectado com mais de uma dessas doenças ao mesmo tempo, o que geralmente provoca sintomas mais graves. 

Sintomas 

 

Embora a erliquiose e a babesiose sejam parecidas, a questão principal está, entre outras coisas, na velocidade e nos estágios em que se manifestam no animal com a doença do carrapato.

A erliquiose ataca o sistema de defesa do cachorro (os glóbulos brancos). A bactéria induz o corpo do animal a destruir suas células de defesa, plaquetas (responsáveis pela coagulação do sangue) e impede a produção de novas células sanguíneas (hemácias), por isso é tão grave. Ela possui três fases bem acentuadas: aguda, com sintomas comuns a uma infecção, como febre, falta de apetite e perda de peso; subclínica, que não apresenta sintomas e pode durar até mesmo anos após a picada do carrapato; e, por fim, a fase crônica, com sintomas parecidos com os da fase aguda, mas mais graves e intensos.

A babesiose, por sua vez, ataca os glóbulos vermelhos, responsáveis pela circulação de oxigênio no sangue. Apesar disso, alguns sintomas são parecidos com os da erliquiose – como febre, fraqueza, perda de apetite, entre outros. Ela pode ser diagnosticada por exames laboratoriais.

Embora ela tenha uma fase com poucos sintomas, como a erliquiose, alguns dos rastros evidentes da doença do carrapato no cachorro são anemia, mucosas (gengiva, olhos e interior dos genitais) amarelas ou pálidas e insuficiência renal aguda, que causa sinais como pouca ou nenhuma urina e urina escura. O cachorro também pode apresentar sintomas de intoxicação, como desorientação e tontura – isso porque seu corpo não está eliminando as toxinas pelo xixi.
  
Sintomas de Erliquiose em cães – Doença do Carrapato


  • Apatia
  • Falta de apetite
  • Febre
  • Corrimento Oculonasal
  • Vômitos e diarreia
  • Dispnéia (respiração ofegante)
  • Sangue pelo nariz
  • Dor e rigidez (devido à artrite e dores musculares)
  • Sintomas neurológicos (por exemplo, coordenação motora comprometida, depressão, paralisia, etc)
  • Hematomas pelo corpo
  • Mucosas pálidas (sinal de anemia) 
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     A erliquiose canina passa para o ser humano ?


    A erliquiose é sabidamente uma zoonose, mas não há transmissão direta do cão para os seres humanos. Ela sempre se dá pela picada do carrapato.

    Além disso, as Ehrlichias que mais afetam os humanos não são da mesma espécie das que mais acometem o cãozinho, embora a infecção seja possível por qualquer espécie da bactéria em cães e em humanos.

    Em caso de contaminação, os sintomas na gente são semelhantes aos apresentados pelos cachorros: febre, fraqueza, aumento dos linfonodos e outros sinais de infecção e de imunidade baixa, com risco de doenças secundárias.
     

    Causas 

     

    O nome doença do carrapato já aponta o meio de transmissão: o carrapato marrom (Rhipicephalus sanguineus). Assim como o parasita pode ser apenas um um meio de transporte, sem ter nascido com a babesia, ele também pode absorver o protozoário ao picar um cachorro infectado e então passar aos seus filhotes (se for fêmea), que então nascem com o micro-organismo. Apesar de ainda não ser confirmado, acredita-se que o mesmo ciclo acontece com a Ehrlichia.

    O carrapato, que está na base da transmissão da doença do carrapato, agrava ainda mais a situação do cachorro. Isso porque, além de dois parasitas destruindo as células sanguíneas e impedindo sua produção, o pequeno aracnídeo ainda suga o sangue do animal, o que diminui ainda mais a quantidade total de sangue. Ou seja, mesmo que não houvesse a transmissão da doença do carrapato, a simples presença do parasita nos cães é preocupante e causa problemas.

    Não há como culpar apenas o ciclo da doença do carrapato e a existência do carrapato marrom como causador e transmissor. O carrapato se prolifera em lugares úmidos e quentes, além de quase todos os lugares em que o seu cachorro estiver. Assim, onde houver condições de vida e esconderijo, o transmissor da doença do carrapato faz morada. É preciso investir em prevenção. 

    Diagnóstico de Erliquiose em cães

     

    A erliquiose crônica tem cura! Portanto, informar ao médico-veterinário que o bichinho foi picado por um carrapato ou se esteve em locais com chances de isso ter acontecido já é meio caminho andado para ajudá-lo a chegar mais rapidamente ao diagnóstico da doença.

    Com essas pistas, o profissional poderá solicitar testes sorológicos capazes de identificar a doença mesmo na fase subclínica que, como dissemos, tende a ser assintomática.

    O diagnóstico é baseado nos resultados laboratoriais e sinais clínicos. 

    Através de exames bioquímicos e urinálise procura-se alterações precoces em outros órgãos, principalmente nos rins. 

    Outros exames mais específicos, como sorologia e PCR, também são comuns na busca de um diagnóstico. 

    O PCR testa a presença do próprio organismo, não anticorpos contra ele. Infelizmente, não faz distinção entre os organismos vivos e mortos. Por esta razão, recomenda-se geralmente realizar PCR, juntamente com um dos testes de anticorpos para fazer um diagnóstico. 

    Feito o diagnóstico, nosso amiguinho peludo pode ser curado, independentemente da fase em que ela tenha sido identificada. Mas, como muitas doenças, quanto antes for realizado o diagnóstico, mais rápido e eficaz será o tratamento, diminuindo, inclusive, as chances de sequelas.

    Tratamento e Prevenção 

     

    A doença do carrapato tem cura ? Embora não exista vacina, há sim cura para a doença do carrapato. Basicamente, quanto mais cedo os sintomas forem observados e o diagnóstico for dado, maiores as chances de cura. Por isso é fundamental agir rapidamente e procurar um veterinário.

    A erliquiose afeta os glóbulos brancos, ou seja, os de defesa do organismo. É por isso que, na terceira fase, a doença do carrapato parece autoimune: porque o organismo não consegue conter sozinho o progresso dos sintomas. A babesiose, por outro lado, afeta os glóbulos vermelhos e as hemácias, e isso se expressa por meio de anemia, apatia, fraqueza e a já conhecida insuficiência renal.

    O que fazer para curar a doença do carrapato em qualquer um desses quadros ? Procure um veterinário imediatamente ! Somente com exames laboratoriais (de sangue e testes sorológicos rápidos) o médico do seu animal vai poder fazer a distinção entre os micro-organismos, verificar a fase da doença e o tratamento indicado – além, é claro, de descartar outros problemas de saúde que podem apresentar sintomas similares.

    Em todos os casos, de simples ao grave, a chave para resolver o problema é uma observação criteriosa do tutor quanto aos sintomas da doença do carrapato e dar início ao tratamento. Isso inclui eliminar o vetor, ou seja, os carrapatos, do local onde vive o cachorro. É por isso que o tratamento envolve o animal de estimação e o local onde ele reside.

    Como prevenir a doença do carrapato

     

    A infecção da Erlichia não dá ao seu cão uma imunidade protetora, ou seja, se o seu cão já foi infectado uma vez, e acontecer dele ser mordido novamente por um carrapato infectado, ele poderá desenvolver novamente a doença. 

    Atualmente não há uma vacina contra erliquiose. A maneira de se prevenir contra as doenças provenientes do carrapato é um controle apropriado (ex.: remédios e banhos carrapaticidas) combinado com testes periódicos. 

    Limitar o máximo possível a exposição do cachorro ao carrapato é sempre algo que o dono deve manter em mente. Principalmente no verão e em áreas de grande risco de infecção, o dono deve manter uma rotina diária de inspeção.

    A melhor maneira de cuidar para que a doença do carrapato não atinja seu cachorro é eliminando os carrapatos dos locais que ele frequenta. Não adianta cuidar dos sintomas e conseguir a cura se o ambiente em que o pet vive estiver repleto desses bichos.

    O que pode ser feito para evitar a doença do carrapato, basicamente, é seguir algumas orientações:
    • Dê sempre uma boa olhada nos pelos do cachorro – especialmente após ser exposto a outros lugares, como em passeios na rua;
    • Limpe o ambiente onde ele vive;
    • Procure usar produtos carrapaticidas como sabonetes, xampus, etc., desde que indicados por um veterinário;
    • Corte a grama (se houver em seu quintal) e mantenha paredes limpas;
    • Se for viajar, confira as condições de onde vai deixar seu cachorro. O mesmo vale se ele for com você.
    • Aplique uma pipeta ou utilize coleira contra pulgas e carrapatos no cão, conforme as recomendações do fabricante ou do veterinário.
    Eliminar o carrapato do cachorro ou do ambiente é um desafio mesmo para as pessoas mais cuidadosas. É importante sempre ficar atento ao corpo e pelo do pet e, sobretudo, a possíveis sintomas.
     
    Não existe vacina contra a erliquiose. A melhor prevenção é o combate aos carrapatos, com algumas medidas:
    • Aposte no uso de produtos que acabem com pulgas e carrapatos, mantendo atenção ao porte do animal e à validade do fármaco;
    • Periodicamente, dedetize os ambientes por onde o pet circula com produtos específicos para dar fim às pulgas e aos carrapatos,
    • Redobre a atenção no verão ou ao viajar e, de preferência, faça uso de mais de um produto contra ectoparasitas (uma boa opção é associar pipeta e coleira, por exemplo),
    • Dê sempre uma olhada na pele do cachorro em busca de pulgas e de carrapatos, sobretudo nas orelhas, entre os dedos e no pescoço.
       

    Cuidados e Tratamento – Doença do Carrapato

     

     Na ausência de cuidados, a erliquiose torna-se crônica e pode evoluir a morte. O tratamento exige a aplicação de antibióticos durante várias semanas. A Doxiciclina geralmente é usada e mostrou ser efetiva no tratamento para a doença. Se a erliquiose causar outras complicações, estas deverão ser tratadas separadamente, usando outros medicamentos e terapias para alcançar questões secundárias causadas pela presença da Erlichia. 

    Em um animal com forte anemia, uma transfusão de sangue pode ser necessária. 

    OBS: Os sintomas da Erliquiose podem ser facilmente confundidos com outras doenças, por isso é primordial que ao notar algo errado você leve o seu cão ao veterinário. Somente o veterinário poderá fazer os exames necessários, diagnosticar o problemas e a partir daí começar o tratamento adequado.

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    quinta-feira, 25 de julho de 2019

    Mais 8 Curiosidades de Cachorros

    Dizem que o cachorro é o melhor amigo do homem, e ele realmente é ! A maioria dos humanos amam os animais e especialmente os cães. Eles são inteligentes, leais e amigáveis. Desde a antiguidade, viveram com homens e ajudaram não apenas como força de trabalho, mas também oferecendo carinho e consolo. A literatura está cheia de histórias maravilhosas sobre eles. Como proprietários ou amantes desses animais, certamente gostamos de ter mais informações sobre cães e, neste caso, selecionamos 34 curiosidades de cães que o surpreender você.

    Por que os cães cheiram o fiofó uns dos outros ?


    O hábito equivale ao nosso aperto de mão, já que é pelo cheiro excretado pelas duas glândulas anais na entrada do reto que eles se reconhecem. Relaxe: ele também deve achar esquisito ver os humanos dando beijões de língua, só não tem para quem perguntar.

    O motivo, diz a Sociedade Americana de Química (ACR, sigla em inglês) em um vídeo educativo, é químico.

    Os cachorros têm, como se sabe, o olfato altamente desenvolvido. Assim, estima-se que seu focinho seja entre 10.000 e 100.000 vezes mais sensível do que o nariz humano.

    Quando eles encostam seus focinhos na traseira de outro cão, o que eles fazem é coletar uma grande quantidade de informações sobre o outro animal, como qual comida ele comeu, gênero e até o estado emocional.

    É como conversar, mas usando química. Na verdade, este é apenas um dos muitos exemplos de comunicação química no reino animal.

    Em 1975, o cientista George Preti, especialista em feromônios e odores humanos no Centro Monell da Química dos Sentidos, estudou as secreções anais de cães e coiotes e identificou os principais componentes das secreções produzidas por glândulas alojadas em duas pequenas bolsas, os chamados sacos anais.

    Esta linguagem química, observou Preti, é composta de trimetilamina e vários ácidos graxos voláteis e o aroma pode mudar de acordo com a genética e o sistema imunológico do animal.

    É interessante entender como os cães percebem e processam essa "mensagem" química.

    Os cães, dizem os especialistas da ACR, têm um sistema olfativo auxiliar chamado órgão Jacobson ou vomeronasal.

    Projetado especificamente para comunicação química, o órgão tem nervos próprios, que se comunicam diretamente com o cérebro.

    Portanto, não há nenhuma interferência de outros odores corporais quando eles leem as informações químicas dos outros cães.

    Por que alguns cachorros fazem cocô e olham para o dono ?


    Existem diversas teorias – pense num assunto que os estudiosos do comportamento animal adoram! A mais simpática é que os peludos enxergam os donos como mães ou pais, e estariam questionando se aquele é o local adequado ou pedindo privacidade. Outra linha de pesquisa afirma que eles o fazem por esperar recompensa por ter aprendido a usar o banheiro determinado pelo dono, e alguns pesquisadores garantem que o hábito é ancestral, já que a posição é, digamos, bastante vulnerável. Ao olhar para o dono ao fazer cocô o animal estaria, então, garantindo que está seguro.

    Por que os cachorros dão aquela cavadinha com as patas traseiras depois de se aliviar ?

     


    Ah, que maravilha é ficar com o tênis cheio de terra por não se lembrar desse hábito do seu amigão, não é? Calma, não se trata de retaliação por você ter atrasado o passeio. Essa cavadinha é uma espécie de assinatura para demarcação de território, mais comum entre machos inteiros (embora castrados e fêmeas também possam fazer isso). Ou seja, seu cão quer dizer que aquele local já tem dono.



     Por que os cachorros ficam com o pelo arrepiado?

     

    A chamada piloereção, que faz com que o cachorro erice os pelos e “pareça” (no entendimento dele) maior e mais assustador, é causada por um reflexo neurológico relacionado ao medo ou agressividade. Mas esse não é o único sinal: se somada à cauda erguida e passos medidos em direção à “presa”, fique esperto !


    As fêmeas também levantam a pata para fazer xixi ?

     

    Quando o cão começa a entrar na puberdade (por volta dos 6 meses) passa a levantar a pata para fazer xixi. Tomara que o seu peludinho já esteja bem treinado, ou você terá que fazer consórcio para trocar a geladeira e a máquina de lavar quando começarem a enferrujar.Fazer xixi o mais alto possível é importante para deixar um recado de que um cachorrão está na área, cobrindo inclusive o xixi dos mais baixinhos, e para avisar as fêmeas que há um bom partido no pedaço. Mesmo que o cão seja castrado, o hábito se mantém, felizmente não na casa toda (ah, o mundo ideal!).Alguns machos são tão submissos aos seus donos que nunca levantam a pata para fazer xixi, principalmente dentro de casa, e algumas fêmeas (as dominantes) podem, sim, marcar seu território com a pata erguida.

    Por que alguns cachorros dormem de barriga para cima ? 


    Se o seu amigão tem esse hábito, pode apelidá-lo de paz e amor! Na natureza, os animais jamais fariam isso, porque ficariam mais vulneráveis. Peludos que dormem de barriga para cima se sentem seguros no ambiente em que vivem, e no verão pode ser uma forma de se refrescar.


    Por que os cachorros ficam com os olhos vermelhos nas fotos?


    Os cães têm uma membrana de tecido (Tapetum Lucidum) no fundo dos olhos que faz com que a luz passe duas vezes pela retina, ajudando-os a enxergar melhor no escuro. É por causa dela que quando usamos flash os olhos dos nossos peludos ficam vermelhos, verdes ou esbranquiçados. Ainda bem que hoje existem diversos aplicativos para resolver isso, ou o álbum do Totó só teria fotos de perfil !

      

    Por que os cães perseguem o próprio rabo ?


    Quando os filhotes fazem isso, normalmente estão brincando, mas se o comportamento continua na vida adulta é preciso investigar. Pode ser ansiedade (brincadeiras e passeios ajudam a melhorar), machucados na cauda, vermes na região do ânus, problemas neurológicos ou simplesmente para chamar sua atenção.

     
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