quinta-feira, 11 de julho de 2019

O que é cinomose ? Tudo o que você precisa saber !

Atualmente, muitos cães estão sofrendo com a cinomose, uma doença terrivel e altamente perigosa. Antes de entender como é transmitida e os sintomas causados, é necessário saber o que é cinomose — por isso vai esse guia completo de uma doença cruel e desumana, que mata aos poucos e que outrora levou a vida de meu grande amigo, um cão da raça Doberman, de nome Rex, e que tive o prazer de tê-lo em minha companhia, e a quem dedico esta postagem !

 

O que é a Cinomose ?

 

A cinomose se trata de uma doença que acomete cães mais jovens em seu primeiro ano de vida, pode também infectar animais mais velhos que por alguma razão não tenham sido imunizados anteriormente com vacinas próprias, ou que por alguma doença seu sistema imunológico se encontra debilitado.

A cinomose tem cura, mas é uma doença grave e muitas vezes fatal causada por um vírus chamado CDV (na sigla em inglês), vírus da Família Paramyxoviridae, que ataca o trato respiratório, digestivo e neurológico dos cães – na maioria ainda jovens ou idosos não imunizados.. Ela afeta animais do grupo dos canídeos, como cachorros, raposas e lobos, e ataca diversos sistemas do corpo. As formas de transmissão da cinomose mais comuns são pelo ar, pelo contato com a secreção do nariz ou da boca dos animais com o vírus da cinomose (presente em todas as secreções do animal) e pelo contato com ambientes e objetos contaminados.

Todos os cachorros podem pegar cinomose, mas alguns têm chances maiores de desenvolver a doença, principalmente animais mais jovens (entre 3 e 6 meses de idade). Outros podem contrair o vírus CDV sem nunca manifestá-lo; no entanto, continuam sendo fonte de contaminação para cães e demais animais. Cinomose tem cura, mas o vírus tem alta taxa de mortalidade e pode deixar sérias sequelas.

A cinomose pode atingir vários órgãos, é sistêmica, podendo atuar em todo o organismo, é altamente contagiosa. É uma doença causada por um vírus que sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio. Porém é um vírus muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns, dura em média três meses no ambiente após a retirada do portador.

Como é transmitida?


A cinomose se dá através de animais que se contaminam por contato direto ou indireto com outros animais já infectados, como por exemplo: por fômites, que são objetos que já tiveram contato com o portador da cinomose, por secreção do nariz e boca de animais infectados que é a principal fonte de infecção ou pelas vias respiratórias, pelo ar contaminado.


Quais são os sintomas da cinomose?


A cinomose é uma infecção viral que ataca os sistemas nervoso, respiratório e gastrointestinal do corpo do cachorro. A doença tem quatro fases: cutânea, digestiva, respiratória e nervosa. Elas não ocorrem necessariamente nessa ordem, e alguns cães podem não passar por todas as quatro. 

Pode haver perda de apetite, corrimento ocular e nasal, diarréia, vômito e sintomas nervosos (tiques nervosos, convulsões e paralisias), dificuldade de respirar e febre. E de acordo com o estado imunológico do animal como um todo, ele pode vir a óbito.

Basicamente, a doença se apresenta em fases, podendo pular uma delas eventualmente.
Veja os sintomas característicos de cada uma:

1. Cutânea:
  • bolinhas com pus na região do abdômen (pústulas), similares a espinhas
  • almofadas das patas e nariz ficam grosseiros e ásperos (hiperqueratose dos coxins)
2. Digestiva:
  • diarreia
  • diarreia com sangue nas fezes
  • febre
  • fraqueza (prostração)
3. Respiratória:
  • secreção nasal
  • tosse com catarro
  • olho seco com remela (ceratoconjuntivite seca)
4. Nervosa:
  • tremores
  • falta de coordenação motora
  • contrações musculares involuntárias (mioclonias)
  • não conseguir ficar de pé
  • perda de movimentos total ou parcial
  • convulsões
  • uivos, choro e gritos
Em muitos casos, os sintomas da cinomose só chamam a atenção do tutor na fase neurológica, quando a doença está em um estágio avançado. A cinomose tem cura, mas quanto mais se desenvolve, mais difícil se torna o tratamento do cachorro com cinomose e maior é o seu sofrimento. Fique sempre atento ao sinais do seu pet e busque ajuda o mais rápido possível. Quando a cinomose evolui e chega à fase nervosa, etapa mais séria da doença, a eutanásia é indicada pelos veterinários.

 Depois de contaminado, o cão ficará com o vírus incubado por um período que pode durar de três a quinze dias. Durante esse tempo, os sintomas podem não ser identificados facilmente.

Após esse tempo, o vírus passa a agir dentro do organismo, causando diversos sintomas de cinomose, tais como:
  • Febre;
  • Apatia;
  • Vômito;
  • Diarréia;
  • Perda de apetite,
  • Corrimento nasal.
Esses sintomas indicam o início a manifestação doença; após alguns dias, eles podem desaparecer, deixando os cães com o comportamento totalmente normal. Contudo, os sintomas, alguns mais específicos da cinomose, aparecem novamente depois de um tempo.
  • Diarréia;
  • Vômitos;
  • Corrimento nasal e ocular;
  • Falta de coordenação motora;
  • Febre,
  • Dificuldade para respirar.

 

Causas 

 

A cinomose é causada pelo vírus CDV, sigla que em inglês corresponde a Canine Distemper Virus, ou vírus da cinomose canina. Ele é transmitido pelo ar e/ou contato com o vírus por meio da secreção do nariz ou boca de animais infectados ou objetos compartilhados, como brinquedos e tigelas de água e comida. Como a doença afeta também outros bichos além do cachorro, como raposas, guaxinins e furões, o contato do pet com esses animais também pode colocá-lo em risco.

Apesar de nenhum cachorro estar livre de ser contaminado pelo vírus, nem todos chegam a manifestar a doença durante sua vida. Os grupos que têm maior risco de desenvolver a cinomose são filhotes, que ainda não têm o sistema imunológico totalmente formado, e cães que não receberam as vacinas V8 e V10, que protegem contra essa e outras doenças.

Ainda que o vírus da cinomose seja sensível a ambientes quentes e úmidos, o mesmo não acontece em locais frios e secos: nestes, ele pode resistir por muito tempo. Uma limpeza geral com produtos específicos deve ser feita. Mesmo assim, filhotes e cachorros não vacinados não devem ter contato com um ambiente onde viveram animais infectados por pelo menos um ano. Isso não descarta a necessidade de também vacinar o pet contra a cinomose e outras donças.

Tratamento e Prevenção 

 

Se seu cachorro foi diagnosticado ou apresenta sintomas da doença, você deve estar se perguntando: cinomose tem cura? Não há um remédio específico para o vírus responsável pela condição, mas com um tratamento de suporte – ou seja, tratamento dos sintomas – é possível dar chance para que o corpo do animal se fortaleça e combata a cinomose. A taxa de sobrevivência, no entanto, é muito baixa: aproximadamente 15%.
O diagnóstico de cinomose deve ser feito por um veterinário. Ele vai analisar os sinais clínicos que o cachorro apresenta e realizar exames de laboratório, radiografia ou PCR (exame do DNA) para confirmar a presença da doença. A partir disso, o profissional será capaz de indicar o melhor tratamento, de acordo com o estágio da doença em cada cachorro.
O tratamento da cinomose consiste em tratar os sintomas e tornar a vida do animal mais confortável, além de prevenir infecções derivadas da doença. Quando a cinomose é identificada no início, o tratamento dos sintomas pode permitir que o animal se fortaleça e seu sistema imunológico combata o vírus, mas são casos raros. Mesmo quando isso é possível, os danos causados pela doença podem deixar sequelas, como limitações nos movimentos.
Importante: como a cinomose é altamente contagiosa, caso seu animal seja diagnosticado com o vírus, você deve evitar o contato entre ele e outros animais. Também tome cuidado com a sua roupa e sapatos após ter contato com um cachorro doente: você pode carregar o vírus. Procure sempre se trocar. Apesar disso, a cinomose não ataca humanos.

 

Como prevenir a cinomose

 

Sim, a cinomose tem cura, mas é uma doença grave e em muitos casos fatal. Por isso, a melhor forma de proteger seu cachorro é evitar a contaminação. Saiba como prevenir:

– Vacinas: faça todas as vacinas necessárias desde filhote para proteger seu cachorro.

– Contato: evite que seu pet tenha contato com animais infectados e seja exposto ao mesmo ambiente em que vive ou viveu um animal com o vírus.

– Filhotes: não é recomendado levar seu filhote ao parque ou locais abertos antes de esperar 21 dias após a última dose de vacina, pois isso aumenta sua exposição à cinomose e outras doenças.

A contaminação de cães pela cinomose


Conforme citado anteriormente, a cinomose é uma doença transmitida por um vírus altamente contagioso de tipo RNA – ou seja, que conta com material genético denominado RNA, que pertence a família paramixovirirdae gênero morbilivírus. Poderoso, este vírus pode sobreviver em um ambiente por algum tempo se as condições climáticas forem ideais para isso e o local for frio e seco – sendo que, mesmo em ambientes quentes e úmidos (pouco propícios para a sua sobrevivência), ele pode chegar a viver por cerca de um mês.

Também chamado de vírus CDV – Canine Distemper Virus, o responsável pela cinomose é bastante agressivo e oportunista, e atinge, principalmente, cães que por alguma razão tenham seu sistema imunológico enfraquecido; como filhotes, cachorros idosos ou que já estejam enfraquecidos em função de alguma outra doença ou problema como o estresse.

Embora possa afetar animais de qualquer idade, no caso dos filhotes a prevalência da doença pode ser maior – principalmente nos que tem idade entre 3 e 6 meses de vida; já que esse período coincide com a perda dos anticorpos maternos presentes no corpo do animal. Entre os profissionais veterinários há, ainda, a crença de que cachorros de raças braquicéfalas (de focinho curto) apresentem uma resistência maior ao problema; no entanto, não há comprovações para essa suspeita.

Podendo, ainda, afetar todo tipo de raça de cão, há algumas tidas como mais suscetíveis à cinomose, incluindo nomes como Husky, Greyhound, Weimaraner, Samoieda e os Malamutes do Alaska.

Destacando uma taxa de mortalidade de até 85% dos cachorros acometidos (nem todos morrem por causa da doença, mas ficam com sintomas neurológicos que acabam levando o animal à eutanásia), a doença terá sua gravidade relacionada, principalmente, à região do corpo do animal que será atacada; com sintomas que se iniciam em sistema respiratório e nos olhos, evoluindo para sistema gastrointestinal e finalmente a pior parte, quando acomete o sistema nervoso.

Não havendo raças, épocas do ano ou gêneros específicos mais propensos para a contaminação, o vírus da cinomose costuma atingir os animais de maneira bastante intensa e, como a evolução da doença é rápida, em alguns casos pode ser fatal para os cães acometidos. Embora haja países em que a doença já é praticamente erradicada, o Brasil não se encaixa nesse perfil – já que apenas uma pequena parcela dos pets caninos do País são vacinados; o que aumenta muito as chances de contaminação.

Felizmente, a cinomose não é considerada uma zoonose e, portanto, não tem a capacidade de atingir seres humanos, que podem interagir com animais doentes sem maiores preocupações. No entanto, a situação muda de figura quando esta interação é entre animais; já que um cão doente pode transmitir a doença para um animal sadio de maneira quase imediata, por meio do contato direto entre eles.

As secreções liberadas pelo animal doente – seja pelas narinas ou pela boca –, além das fezes do cachorro contaminado, são agentes potentes para a transmissão da doença. Até mesmo fômites pode ser responsáveis pela propagação do problema, e alguém que entrou em contato com um cão doente pode levar a doença consigo (em suas roupas ou sapatos, por exemplo) até encontrar outros animais e facilitar a contaminação destes.

 A evolução da cinomose nos cachorros


A cinomose é uma doença de evolução bastante rápida nos cães e, cerca de 7 dias após a contaminação, os primeiros sintomas já podem começar a ser notados nos cachorros acometidos. Em muitos casos, a doença se manifesta nos animais de maneira tão agressiva, que as chances de melhora ou cura são praticamente descartadas – já que, quando o diagnóstico é feito, as alterações neurológicas já estão tão avançadas que o tratamento se torna inútil.

No entanto, o nível de agressividade da cinomose em um cão vai depender tanto das regiões afetadas pela doença como do estado em que se encontra o sistema imunológico do cachorro em questão. Animais com a imunidade em níveis adequados, por exemplo, podem chegar a eliminar o vírus sem promover a sua disseminação ou ter sintomas severos da doença – sendo os cães com baixa imunidade os mais prejudicados pelo problema (e os que correm mais riscos de morrer em função da doença).

As áreas ligadas às funções respiratória e digestiva são, na maioria das vezes, as primeiras afetadas pela doença – que, em estágios avançados, chega a alterar o sistema nervoso do animal e provocar quadros irreversíveis, além de sequelas importantes nos casos (raros) em que o animal consegue ser tratado e se recuperar.

Um dos grandes problemas da doença – e que influi muito na piora do quadro do animal infectado – é a variedade de sintomas que ela provoca, dificultando um diagnóstico preciso. Boa parte dos animais que acabam chegando ao óbito, mesmo sendo tratados a partir do surgimento dos primeiros sinais da doença, sofrem por receberem o tratamento errado; que, na maioria das vezes, se concentra em eliminar os sintomas de maneira isolada (já que a origem do problema, até então, é desconhecida).
Ao cuidar de sinais pontuais e sem saber da presença da cinomose, é possível promover uma melhora significativa no animal; no entanto, essa aparente recuperação dura pouco tempo, e os sintomas e consequências da doença ressurgem no animal de maneira ainda mais agressiva.

Independentemente do tipo de tratamento, infelizmente, a cinomose é uma doença que gera uma sobrevida relativamente curta nos animais que conseguem se recuperar e; conforme descrito anteriormente, os cães infectados precisam de medicamentos específicos para ter o máximo de qualidade de vida possível enquanto o mal se espalha.

Conclusão


Devido à agressividade da doença e a facilidade de prevenção não fica nenhuma dúvida em relação ao que deve ser feito: sempre mantenha a vacinação do seu animal em dia e faça visitas frequentes ao médico veterinário.

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