Os cães estão sujeitos a ter varias problemas parecidos com os humanos, e a epilepsia é um desses possíveis problemas.
A epilepsia canina é mais comum do que se imagina, e cães com essa condição geralmente tem uma vida normal como qualquer cão, só precisam de mais cuidados e atenção do dono.
O que é?
A epilepsia canina, chamada epilepsia verdadeira (ou idiopática), é a
causa mais comum de convulsões repetidas e sem uma causa definida em
cachorros, responsável por cerca de 30% dos casos. Essas crises
convulsivas são causadas por uma descarga elétrica anormal e excessiva
no cérebro do animal, que acontece sem ter uma causa conhecida.
Como resposta a essa descarga elétrica, ocorrem alterações
neurológicas (inconsciência) e musculares rítmicas – a musculatura fica
se alternando entre períodos sucessivos de tônus e de relaxamento, o que
resulta nos movimentos bruscos característicos de uma convulsão. A
intensidade dos eventos causados pela epilepsia canina pode variar
bastante de um animal para outro.
O primeiro episódio de convulsão em cachorro costuma acontecer entre 6
meses e 3 anos de idade, mas não é incomum que as crises comecem com 5
anos ou mais para alguns animais. Relatos clínicos apontam ainda que,
quanto mais jovem o animal for à época da primeira crise, mais difícil
será controlar a doença.
Embora a frequência varie bastante, as convulsões tendem a ocorrer em
intervalos regulares, com semanas ou meses entre as crises. E, conforme
vai envelhecendo, a epilepsia vai se agravando e os episódios acontecem
em intervalos menores e com mais gravidade, principalmente nas raças
grandes.
Como várias doenças existentes, a epilepsia em cães tem causas e níveis diferentes. A primeira coisa a saber sobre essa doença é que ela pode ser tanto genética como adquirida.
A epilepsia Primária, ou genética, é uma condição que o cão já nasce possuindo, ela geralmente se manifesta após os 3 anos de idade. Ela é rara e os casos mais comuns são em animais de raça pura, que tem tendências maior a manifestarem essa doença devido à consanguinidade.
Já a epilepsia Secundária, ou adquirida, pode ocorrer em qualquer cão, ela é consequência de algum trauma físico, como envenenamento ou até uma batida forte na cabeça. Ela pode acontecer em qualquer idade.
É importante o dono perceber se seu cão pode estar sofrendo uma convulsão ou ataque epilético e com que frequência, pois a epilepsia em cachorro pode ser também sinal de algum tumor cerebral ou alteração no cérebro, o que deve ser imediatamente tratado.
COMO IDENTIFICAR A EPILEPSIA CANINA ?
A epilepsia em cães pode se manifestar em vários níveis, desde pequenos espasmos e comportamentos estranhos, até ataques fortes com convulsão.
Dias ou horas antes de uma crise causada pela epilepsia canina, o
animal pode apresentar comportamentos incomuns, como inquietação ou
ansiedade, parecendo tonto e sem controle do corpo, espumando demais, ele pode estar tendo um ataque epilético leve, e precisa ser levado ao veterinário.
Os sinais que costumam aparecer no momento imediatamente antes da convulsão em cachorro são:
- movimentos estereotipados, como andar de um lado para o outro ou ficar se lambendo;
- salivação excessiva;
- vômitos;
- comportamento anormal.
A epilepsia canina, ou idiopática, se manifesta de duas maneiras: com
convulsões generalizadas ou focais. Na primeira, a descarga elétrica
afeta todo o corpo com aumento extremo da tensão nos músculos (tônus
muscular). O animal costuma cair de lado com os membros bem esticados e
rijos. Na sequência, começa um ciclo de revezamento entre tônus e
relaxamento, que causa movimentos bruscos, de remada dos membros ou de
mastigação.
As convulsões focais são menos comuns e, em alguns casos, podem
evoluir para a generalizada. Elas atingem apenas regiões específicas do
corpo, como a face ou algum membro.
Na grande maioria dos casos, durante a convulsão em cachorro, o
animal está inconsciente, mesmo se mantiver os olhos abertos. Mas alguns
deles têm versões mais amenas das crises da epilepsia canina e podem
ficar conscientes durante todo o episódio, que dura de 1 a 2 minutos.
Na epilepsia idiopática focal (que afeta regiões do corpo), as
manifestações costumam incluir movimento de ficar virando a cabeça de um
lado para o outro, espasmos da musculatura facial ou dos membros,
formigamento, dor ou alucinações visuais, que levam a comportamentos
como perseguição da própria cauda e mastigação das patas.
Em situações mais incomuns o cachorro pode ter sinais como vômito,
diarreia, desconforto abdominal, salivação excessiva, deglutição
repetitiva e lambedura compulsiva de tapetes ou do próprio chão. Esses
sintomas podem durar horas. Algumas raças, como os labradores e os poodles em miniatura,
costumam ter uma versão mais leve da generalizada, que permite que eles
fiquem alertas, porém ansiosos e com uma postura agachada, fortes
tremores e perda de equilíbrio.
Causas
Pouco se sabe sobre a causa da epilepsia canina. Tudo indica que, ao
menos para boa parte das raças, a condição tenha fundo genético e seja
transmitida de geração para geração.
Independente do tipo de manifestação da epilepsia canina, os
cachorros estão aparentemente normais e saudáveis no período entre um
episódio e outro. Eles não demonstram nenhum tipo de mudança
comportamental ou alterações e lesões neurológicas – que poderiam, por
exemplo, ser associadas com a ocorrência das crises. Por isso,
acredita-se que a condição tenha origem genética.
Até o momento, no entanto, essa relação hereditária só teve
comprovação científica, ou apresentou indícios fortes o suficiente, em
algumas raças. São elas:
- pastor alemão;
- pastor belga tervuren;
- keeshond;
- beagle;
- dachshund;
- labrador retriever;
- golden retriever;
- border collie;
- pastor de Shetland;
- english sheepdog;
- irish wolfhound ou lébrel irlandês;
- vizsla;
- bernese mountain;
- springer spaniel inglês.
Cuidando de um cão epilético
Primeiramente, o dono de um cão epilético precisa ouvir e
atender a todas as recomendações de um veterinário, que saberá o nível da
doença e como o dono deve agir.
Profissionais não indicam o cruzamento de cães com
epilepsia, pois a doença é genética e hereditária. Também não é indicado que cães
epiléticos façam atividades em piscinas sem uma supervisão severa, porque podem
ter ataques e se afogarem facilmente.
Os remédios para epilepsia causam muito sono, e esse é outro
fator que impede que pratiquem longas atividades em piscinas. Principalmente no
início da medicação, o cão se sente mais lento e com sono, o que com o tempo
vai acabar passando e ele se acostumará com a medicação.
Alguns cães epiléticos demoram meses para ter outro ataque,
são casos mais leves e que só precisam de observação. Cães com ataques mais
frequentes e severos geralmente tomarão remédios para tratar pelo resto da
vida, mais isso não altera sua personalidade ou sua capacidade mental e física.
Tratamento e Prevenção
Diagnóstico e tratamento da epilepsia canina
O papel do tutor é imprescindível no diagnóstico da epilepsia canina.
Fique atento e, sempre que possível, anote os detalhes dos episódios de
convulsão em cachorro ou que indiquem alguma mudança na rotina: duração
das crises, alterações de comportamento, relação da crise com algum
tipo de atividade (exercício, alimentação…), mudanças no padrão de sono,
de alimentação e do funcionamento dos sistemas digestivo e urinário e
possíveis perdas ou ganhos de peso.
Todas as informações que você puder coletar podem ajudar o
veterinário a chegar a um diagnóstico. Além disso, exames laboratoriais
completos, físicos, oftalmológicos e neurológicos podem ser solicitados
para confirmar a epilepsia canina – e excluir outros distúrbios que
também podem causar convulsões. Infecções virais como a cinomose e a parvovirose apresentam o mesmo sintoma, assim como hipoglicemias, tumores e intoxicação.
O tratamento da epilepsia canina é feito com o uso de remédios
anticonvulsivantes, mas nem todo animal epiléptico precisa
necessariamente ser medicado. A terapia não costuma eliminar por
completo as crises, mas pode reduzir em até 80% a frequência e gravidade
da convulsão em cachorro.
Como prevenir a epilepsia canina
Da mesma forma que não se sabe muito sobre a causa da epilepsia
canina, a forma de prevenir convulsão em cachorro não é clara – ou seja,
não existe uma resposta.
Acredita-se que a epilepsia idiopática tenha um fundo genético. Como
não é possível identificar a causa exata do distúrbio, ainda não se sabe
como preveni-lo.
Alguns distúrbios, no entanto, levam a crises convulsivas
não-epilépticas, com causas diversas. Geralmente são toxinas, doenças
metabólicas, malformações congênitas, neoplasias, doenças inflamatórias,
vasculares ou metabólicas de depósito e condições degenerativas.
O mais importante é estar sempre atento ao comportamento e sinais que
seu animal fornece. Caso note algo fora do normal ou presencie uma
convulsão em cachorro, procure imediatamente um veterinário para
auxiliar no diagnóstico e tratamento do problema.
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Como várias doenças existentes, a epilepsia em cães tem causas e níveis diferentes. A primeira coisa a saber sobre essa doença é que ela pode ser tanto genética como adquirida.
A epilepsia primária, ou genética, é uma condição que o cão já nasce possuindo, ela geralmente se manifesta após os 3 anos de idade. Ela é rara e os casos mais comuns são em animais de raça pura, que tem tendência maior a manifestarem essa doença devido à consanguinidade.
Fonte: CachorroGato @ https://www.cachorrogato.com.br/cachorros/epilepsia-canina/
A epilepsia primária, ou genética, é uma condição que o cão já nasce possuindo, ela geralmente se manifesta após os 3 anos de idade. Ela é rara e os casos mais comuns são em animais de raça pura, que tem tendência maior a manifestarem essa doença devido à consanguinidade.
Fonte: CachorroGato @ https://www.cachorrogato.com.br/cachorros/epilepsia-canina/
Cães estão sujeitos a
ter vários problemas parecidos com os humanos, e a epilepsia é um desses
possíveis problemas. A epilepsia canina é mais comum do que se imagina,
e cães com essa condição geralmente tem uma vida normal como qualquer
cão, só precisam de mais cuidados e atenção do dono.Fonte: CachorroGato @ https://www.cachorrogato.com.br/cachorros/epilepsia-canina/
Cães estão sujeitos a
ter vários problemas parecidos com os humanos, e a epilepsia é um desses
possíveis problemas. A epilepsia canina é mais comum do que se imagina,
e cães com essa condição geralmente tem uma vida normal como qualquer
cão, só precisam de mais cuidados e atenção do dono.Fonte: CachorroGato @ https://www.cachorrogato.com.br/cachorros/epilepsia-canina/
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