segunda-feira, 1 de julho de 2019

DISTIQUIASE ou Cílios Invertidos.



Muitas raças tem potencial genético de apresentarem pequenos cílios que nascem na rima palpebral e se dirigem erroneamente em direção à superfície ocular. O atrito crônico gera irritação, podendo determinar o aparecimento de úlceras, que são extremamente dolorosas e podem complicar com contaminação bacteriana.

Qualquer sinal de lacrimejamento excessivo pode estar ligado à presença destes cílios e merece uma avaliação oftalmológica.

 

Os Sinais Clínicos

Os olhos que apresentam este atrito entre a córnea e os cílios mal posicionados apresentam sinais como, lacrimejamento, blefaroespasmo (contração involuntária da pálpebra), dor e úlceras que constantemente reaparecem ou até mesmo são refratárias a medicamentos.

Em muitos casos, a área de atrito da córnea com o cílio já perdeu sua transparência e apresenta uma pigmentação, a melanose, mostrando a cronicidade deste quadro. 

Além desses fatores, animais que apresentam cílios mal posicionados podem apresentar Ceratoconjuntivite Seca ou um quadro mais agravado, pois os cílios exercem a função de dreno, retirando o filme lacrimal da fenda palpebral, ressecando o olho.

Tratamento

Na Distiquíase, a úlcera causadora da dor, blefaroespasmos e lacrimejamento são os fatores que fazem com que os donos procurem por ajuda de um especialista.

Tratar somente a úlcera neste caso não trará resultados 100% satisfatórios, pois o pelo mal posicionado deve ser localizado e retirado.

Para a cura total destes casos, deve recorrer-se a cirurgia. Todos os cílios devem ser retirados, um a um, junto a seu folículo com o auxílio de uma lâmina de bisturi oftálmico. Arrancar o pelo pode agravar o caso e prejudicar ainda mais o tratamento. A destruição térmica, quando não realizada com equipamento correto é contra indicada.

Após a retirada dos cílios, deve-se começar o tratamento para a úlcera, sendo que sem o atrito é possível para o epitélio corneano ser restituído.

É muito importante manter uma rotina de visitas ao oftalmologista veterinário a fim de evitar complicações graves aos olhos do animal.

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