Uma arena onde funcionava uma rinha de galo foi
descoberta e fechada por policiais militares da Companhia Independente de
Proteção Ambiental (Cipam) no município de Tangará, distante cerca de 90
quilômetros de Natal-RN. Ao todo, 79 aves foram resgatadas e uma pessoa
autuada. O caso aconteceu na sexta-feira, 19/07/2019. Este fato me dispertou a
idéia de informar sobre sua ilegalidade, sem falar dos maus tratos envolvidos
neste evento primitivo, que tanto causa sofrimento a esses animais.
Você já deve ter ouvido falar em rinhas de galos, uma
prática primitiva que visa à luta entre galos envolvendo apostas e submetendo
os animais ao extremo estado de maus tratos.
As
rinhas (palavra que deriva do espanhol rioplatense) ou lutas (combates ou
brigas) de galo são para alguns, considerado um “esporte’, ou para alguns mais
cínicos, “uma manifestação cultural”. O fato é que sua prática no Brasil é
antiga, remontando sua existência desde o período colonial, e historicamente, é
conhecida e praticada em quase todas as grandes civilizações antigas, como os
persas, depois gregos e romanos.
Nestas
rinhas, cujas regras variam em cada região, resumem-se a lutas entre animais da
mesma espécie, e são comuns as apostas, e os competidores, animais como galos,
saem vencedores muitas vezes após a morte do oponente, ou lesões consideráveis
que permitam apontar um vencedor, quando o galo fica “tucado” (nocauteado).
Mesmo que os competidores ganhem proteção, desde o treinamento, os galistas
infringem aos animais estresse e maus tratos evidentes, antes, durante e após a
luta.
Infelizmente,
o mesmo conceito é usado na promoção de rinhas entre canários e cães, com as
mesmas práticas os quais falarei em um poster posterior.
Em
outros países, também é proibida a prática, como a Espanha (com exceção da
região da Andaluzia, e Ilhas Canárias, onde são permitidas, apesar de uma lei
regional canária de 1991, burlada parcialmente), e em quase todos os países da
Europa Ocidental. Na India, apesar de proibições legais em vários estados, a
permanência da prática levou a Suprema Corte do país a se pronunciar
expressamente sobre a proibição, sob pena das sanções da lei adjetiva de
proteção; Em Cuba, há proibição expressa das rinhas, desde após o advento da
revolução de 1959, mas continua a ser praticada no interior do país, com
repressão moderada e alguma tolerância das autoridades.
A
lei é clara e proíbe os maus-tratos infringidos a quaisquer animais, em lugar
público ou privado; especificando já no art. 1º que é proibido em todo o
território nacional, realizar ou promover “brigas de galo” ou quaisquer outras
lutas entre animais da mesma espécie ou de espécies diferentes.
Infelizmente
este assunto envolve pessoas de todas as classes sociais e ainda persiste
devido à falta de conscientização destas mesmas pessoas, uma vez que insistem
nesta prática violenta e criminosa.
As
rinhas geralmente ocorrem em lugares clandestinos e submetem os animais a um
grande nível de stress. Durante o combate, um dos galos sempre acaba ferido ou
morto.
Em
busca do “lazer”, os animais são submetidos a muita crueldade – desde o seu
treinamento, o que os torna mais competitivos, até a sua criação em gaiolas
minúsculas, onde não conseguem se locomover. São expostos às elevadas doses de
anabolizantes, lesões propositais com sal nas feridas para que fiquem mais
agressivos, suas esporas são arrancadas e substituídas por esporas de metais
que são presas as suas pernas.
Seria mesmo isso uma atitude
“humana”?
Em
pleno século 21, pessoas que lucram com apostas e se satisfazem promovendo
combates sangrentos mostra em que nível espiritual se encontram esses
"seres humanos" e o quanto precisam evoluir. É sempre bom questionarmos
qual o nosso verdadeiro objetivo neste mundo. Certamente a diversão ligada à
dor do outro, independente da espécie, é vazia e reprovável. Nada justifica
tamanha maldade. Esta atividade é mais uma forma de exploração animal e precisa
ser extinta.
Através
do silêncio cúmplice dos bons, muitos crimes são disseminados. Não seja
indiferente diante do sofrimento alheio. Denuncie em qualquer unidade policial,
via CIOSP, 190 ou na própria delegacia do meio ambiente de sua Cidade.
Se gostou compartilha ! Se tem alguma dúvida ou
sugestão me envia !
Nenhum comentário:
Postar um comentário