As vacinas são essenciais na vida de qualquer cachorro e devem ser aplicadas anualmente e cuidar
da saúde de um animal de estimação é essencial para que ele cresça
sempre forte e saudável. Ao longo da vida, diversas complicações podem
surgir e é necessário que ele esteja prevenido contra elas. Por isso, um
dos principais fatores para a vida tranquila é a vacina para cachorro, que deve ser aplicada sempre que preciso.
Assim
como nós, os cãezinhos devem ser vacinados na infância e ao longo dos
anos. Geralmente, as vacinas possuem um calendário próprio, de acordo
com a faixa etária de cada um.
Além
disso, não são apenas os filhotinhos que devem ser vacinados. Os
cãezinhos adultos também necessitam desse cuidado — que deverá sempre
ser solicitado e acompanhado por um veterinário.
Introdução
Os cachorros costumam ser vacinados a partir das 12 semanas ou até antes.
Geralmente, quando adotamos ou compramos um cachorro é habitual que o
animal venha acompanhado de uma caderneta de saúde e pelo menos com a
primeira dose de vacinas administrada. Um cachorro que não se encontre vacinado não deverá ter contacto
algum com outros animais, por forma a evitar o contágio de infeções. Em
função da raça do animal, da zona geográfica onde habite, utilidade do
cão (companhia, concursos de beleza, etc.), os tipos de vacinas também
irão variar.
Por outro lado, por vezes, e após a vacinação de cães, verificou-se uma diminuição da imunidade
celular mediada pelas células T e um estado transitório de
imunodepressão. Apesar deste facto, continua-se a vacinar os cães com
vacinas polivalentes vivas, e o habitual é não surgirem doenças graves.
Estes factos são suportados por um estudo realizado sobre sistemas
imunitários e vacinas, já que a resposta à vacinação aparenta criar
apenas um estado de alteração da homeostase quando se procura uma
proteção a partir da imunidade celular e humoral. Devido a isto, as
vacinas deverão ser administradas em animais completamente saudáveis, e
as recomendações devem ser seguidas à risca.
Por que e como aplicar vacina em cachorro ?
Essencial para qualquer cachorro, são
as vacinas que vão deixar o seu companheiro protegido contra várias
doenças. Elas também são responsáveis por manter o seu amiguinho
saudável e ativo para brincar com você.
Desde
a infância, é fundamental que você tenha uma carteira de vacinação para
o seu cãozinho, afinal, elas seguem um calendário de acordo com a idade
dele, e com o tipo de vacina — algumas delas são aplicadas em doses,
com um determinado intervalo.
É
de extrema importância seguir fielmente essas datas. Elas são
calculadas de acordo com a fórmula da vacina e da idade do pet. Caso um
cãozinho não seja vacinado na data e no período correto, o efeito pode
não ser positivo e ele pode sofrer algumas consequências indesejadas.
É
muito importante lembrar: escolha um local seguro e um profissional de
confiança para vacinar o seu companheiro. Esse é um procedimento
essencial para a saúde do seu pet e marcará a vida dele para sempre.
Como funciona a vacina de cachorro?
No Brasil, não existe um calendário oficial de vacinação. O protocolo
mais usado começa aos 45 dias de vida, com a vacina múltipla canina
(geralmente V8 ou V10), seguida de 3 a 4 doses a cada 4 semanas. Já a
vacina antirrábica é feita em dose única com 12 semanas de vida. Mas
essa programação pode variar. Cabe apenas ao médico veterinário
recomendar qual o momento ideal da vacinação e contra quais doenças o
animal deve ser imunizado.
Pelo costume brasileiro, a vacina múltipla e a da raiva devem ter
reforço anual durante toda a vida do cãozinho. Inclusive, empresas de
aviação e de ônibus só aceitam transportar animais que estão em dia com a
carteirinha de vacinação. Apesar disso, entidades internacionais, como a
WSAVA (Associação Veterinária
Mundial de Pequenos Animais), já publicaram recomendações mais modernas
quanto ao período de duração das vacinas.
Calendário de vacinação nos cães
As vacinas obrigatórias para cães protegem contra o vírus da cinomose canina, contra o parvovírus e contra a raiva. As vacinas opcionais
protegem contra a leptospirose, contra o parainfluenza, tosse dos canis
causada por bordetella, doença de Lyme e coronavírus. A vacinação contra a leishmaniose também é opcional.
Uma vacina opcional num país, poderá ser obrigatória noutro em que a
doença é mais comum. Este é o calendário básico de vacinas para cães em
Espanha:
- Ao perfazer 6 semanas: Primo-vacinação ou primeira vacina.
- Ao perfazer 8 semanas: Vacina Polivalente.
- Às 12 semanas: Lembrete da vacina Polivalente.
- Às 16 semanas: Raiva.
- Anualmente: Lembrete da vacina Polivalente e da vacina contra a Raiva.
As vacinas mais comuns são a trivalente, a tetravalente ou a polivalente. A vacina trivalente inclui geralmente as vacinas contra a cinomose canina, a hepatite infecciosa canina e a leptospirose. A vacina tetravalente contém as mesmas proteções que a trivalente e acrescentasse-lhe a vacina contra a parvovirose canina. A vacina polivalente mais básica, além de incluir as proteções de todas as vacinas referidas anteriormente, também contém a vacina contra a tosse dos canis e contra o coronavírus canino.
Diferenças entre vacina V8, V10 e V11
As vacinas V8, V10 e V12 são as chamadas múltiplas ou polivalentes.
Todas contêm vírus vivos e atenuados e a diferença entre elas é a cepa
combinada da bactéria inativada de Leptospira spp. contida na
formulação. Existem mais de 200 tipos de leptospirose e cada um tem seu
antígeno específico, mas nem todos estão presentes no Brasil ou afetam
cães e gatos. Dessa forma, os sorogrupos variam de região para região.
Por isso, é importante se informar quais são os mais comuns onde o cão
vive ou mesmo frequenta ocasionalmente.
Vacina contra giárdia
A maioria dos veterinários recomenda a administração dessa vacina, que não impede totalmente que o cão contraia giárdia, mas vai abrandar os efeitos da giardíase.
Ou seja, o cachorro pode até ter giárdia, mas de uma forma mais branda.
Essa vacina é feita em 2 doses com intervalo de 15 dias.
Vacina V8
A vacina V8 combate oito doenças:
- Cinomose: uma virose que pode provocar paralisia e até matar
- Parvovirose: doença grave e potencialmente fatal que pode atacar o sistema gastrointestinal ou o coração do animal
- Hepatite infecciosa: muito agressiva, ataca o fígado
- Adenovirose-2: que gera a gripe canina
- Parainfluenza: muito contagiosa, provoca problemas respiratórios
- Coronavirose: infecção aguda conhecida como gastroenterite contagiosa canina
- Dois tipos mais comuns de leptospirose (causados pelas cepas icterohaemorrhagiae e canicola): atinge gravemente os rins e o fígado. Pode facilmente ser transmitida para humanos.
Vacina V10
A vacina V10 contempla a mesma cobertura da V8 mais duas outras cepas
causadoras da leptospirose. Ou seja, as doenças da V10 são:
- Cinomose: uma virose que pode provocar paralisia e até matar
- Parvovirose: doença grave e potencialmente fatal que pode atacar o sistema gastrointestinal ou o coração do animal
- Hepatite infecciosa: muito agressiva, ataca o fígado
- Adenovirose-2: que gera a gripe canina
- Parainfluenza: muito contagiosa, provoca problemas respiratórios
- Coronavirose: infecção aguda conhecida como gastroenterite contagiosa canina
- Quatro tipos de leptospirose (causados pelas cepas icterohaemorrhagiae, canicola, grippotyphosa e pomona): atinge gravemente os rins e o fígado. Pode facilmente ser transmitida para humanos
Vacina V12
A vacina V12 acumula as mesmas doenças que a V8 e a V10 combatem, acrescentando mais três cepas causadoras da leptospirose:
- Cinomose: uma virose que pode provocar paralisia e até matar
- Parvovirose: doença grave e potencialmente fatal que pode atacar o sistema gastrointestinal ou o coração do animal
- Hepatite infecciosa: muito agressiva, ataca o fígado
- Adenovirose-2: que gera a gripe canina
- Parainfluenza: muito contagiosa, provoca problemas respiratórios
- Coronavirose: infecção aguda conhecida como gastroenterite contagiosa canina
- Sete tipos de leptospirose (causados pelas cepas icterohaemorrhagiae, canicola, grippotyphosa, pomona, copenhageni, hardjo e pyrogenes): atinge gravemente os rins e o fígado. Pode facilmente ser transmitida para humanos
Vacina contra a raiva, ou antirrábica
A raiva,
ou hidrofobia, pode acometer todos os mamíferos – inclusive humanos,
afetando cérebro e medula espinal. Causada por um vírus, se aloja nos
nervos e vai para as glândulas salivares, onde se prolifera. Daí a
temida espuma ou baba excessiva saindo pela boca – é pela saliva que a
doença é transmitida. Incurável, a raiva tem rápida evolução e é fatal.
Os principais sintomas, que começam após o período de incubação, são
irritabilidade, desorientação e agressividade. Progressivamente, a
doença vai se agravando. Não há tratamento para cachorros, apenas para
humanos. E como a raiva afeta também os animais silvestres, a melhor
forma de erradicá-la é protegendo seu cãozinho com a vacinação.
Vacina leishmaniose
Se o seu cachorro vive no litoral, costuma frequentar praias ou mora
no interior de São Paulo, Nordeste e Centro Oeste do Brasil (áreas
endêmicas), ele corre maior risco de pegar leishmaniose.
A doença é uma infecção parasitária que afeta o sistema imunológico e
se apresenta em dois tipos: cutâneo e visceral, sendo o último mais
frequente nos cachorros. A leishmaniose é uma zoonose que pode ser letal
e é transmitida dos cachorros (hospedeiros) para humanos com a ajuda de
um mosquito, o vetor da doença. Além da vacina, outra forma de
prevenção é o uso de coleira repelente.
Vacina tosse dos canis
Altamente contagiosa, a tosse dos canis
também é conhecida como gripe canina, traqueíte ou traqueobronquite
infecciosa canina. Ela pode ser causada pelos agentes virais
parainfluenza e adenovírus, pela bactéria Bordetella bronchiseptica
ou por uma combinação deles. A doença tem maior incidência no inverno e
em climas frios. Os sintomas são bem parecidos com os da gripe humana:
tosse, espirros, secreção saindo pelo nariz e boca, falta de apetite e o
tratamento normalmente é bem-sucedido. Os humanos podem ser infectados
pela Bordetella bronchiseptica caso estes estejam
imunossuprimidos. A principal recomendação, uma vez que a vacina para
tosse dos canis é opcional, é para cachorros que vivem com outros cães,
que frequentam petshops, hospedagens, exposições ou provas esportivas.
Vacina contra giárdia
A giardíase
é uma zoonose causada por um parasita que se aloja no intestino. A
transmissão se dá pela ingestão de algo contaminado, como água, alimento
ou algo que tenha entrado em contato com fezes contaminadas. A infecção
provoca diarreia, dor abdominal, vômito, desidratação, perda de peso
etc. Esses sintomas são comuns e podem ser confundidos com outras
enfermidades, e o diagnóstico é feito através do exame
coproparasitológico solicitado pelo médico veterinário. Alguns casos são
assintomáticos e por isso é importante ficar atento porque a doença
pode evoluir para um quadro fatal. Por isso, muito cuidado com o que seu
pet come (uma graminha pode estar contaminada) e por onde anda. Embora
opcional, a vacina contra giárdia é recomendada se o animal vive em um
local com saneamento básico precário ou se tem muito convívio com outros
cães.
Reações da vacina em filhotes
É comum algumas alterações no comportamento de cães vacinados:
– febre
– edema na região onde foi aplicada a vacina (inchaço)
– prostração (o cão fica “pra baixo” e desanimado)
Esses efeitos devem passar em 24 horas, avise sempre seu veterinário sobre qualquer mudança no comportamento do seu cachorro.
Vacinas essenciais (recomendadas)
Devem ser dadas para evitar doenças que podem ser fatais e doenças
zoonóticas (que podem ser transmitidas para humanos). São elas:
parvovirose, cinomose, hepatite infecciosa canina e raiva.
A vacina V8 contempla doenças como cinomose, parvovirose,
hepatite infecciosa, adenovirose-2, parainfluenza, coronavirose e dois
tipos de leptospirose. Já a V10 engloba todas da V8 e mais dois tipos da
leptospirose. A vacina contra a raiva é chamada antirrábica e é a única
vacina oferecida gratuitamente em campanhas municipais no Brasil.
Vacinas não-essenciais
Importantes apenas para um grupo de cães. Sua indicação é avaliada
pelo médico veterinário, de acordo com o risco de exposição e também
pelo estilo de vida.
As principais são a leptospirose e leishmaniose (elas podem ser
essenciais em determinadas regiões e em certas condições), além da
“tosse dos canis”. Esta última doença é altamente contagiosa e causada
por um complexo de bactérias (Bordetella bronchiseptica) e
vírus, mas não é considerada grave — em geral, os animais se recuperam
em até 15 dias. É transmitida pelas gotículas eliminadas na tosse e no
espirro dos cães contaminados. Por isso, é muito indicada para animais
que frequentam creches, escolinhas e hospedagens ou que participam de
exposições ou provas esportivas caninas.
No Brasil também pode-se considerar nesse grupo a vacina contra a
giárdia. Utilizada para prevenção, diminuição de cistos e
consequentemente diminuindo a contaminação do ambiente, o que significa
diminuição da possibilidade de infectar novos animais ou reinfecção
naqueles que já estiveram doentes. Caso mesmo vacinado o animal contraia
a doença, apresentará sintomas mais brandos.
Vacina ética e legal: o que é isso?
Você já ouviu falar em vacina ética? Ela nada mais é do que aquela
aplicada somente pelo médico veterinário, depois de uma consulta
detalhada levando em consideração o estado de saúde do animal. Isso é
importante porque a resposta esperada está relacionada à competência
imunológica. Ou seja: a vacina pode não ser tão eficiente se o cachorro
estiver subnutrido, sob muito estresse, com alguma doença em fase de
incubação ou em terapia imunossupressora. É por isso que a vacinação
deve acontecer somente após um exame clínico realizado por médico
veterinário.
Vacina nacional e importada: tem diferença?
Não existe hoje muita informação sobre a diferença real entre a
vacina de cachorro nacional e a importada. Mas um estudo científico
realizado pelo Ministério da Agricultura descobriu que a importada
contra a raiva apresentou maior índice de aprovação.
Além disso, independente de ser nacional ou importada, é de extrema
importância que a vacina seja armazenada e refrigerada de acordo com os
padrões exigidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Tem problema atrasar a vacina do cachorro?
Você já deve ter se perguntado: tem problema atrasar a vacina do cachorro? A resposta é SIM. Isso porque a imunização completa deve ser feita dentro do período recomendado.
Por isso, mantenha a carteira de vacinas em dia e acompanhe de
perto, com um veterinário, a saúde do seu cachorro. Caso alguma vacina
esteja atrasada, procure imediatamente o médico veterinário de sua
confiança. É preciso estar atento aos riscos, pois deixar a vacinação de
lado o deixa vulnerável a doenças graves e fatais.
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