quarta-feira, 3 de julho de 2019

Envenenamento em gatos - Sintomas e primeiros socorros

Todos nós sabemos que os felinos são muito cautelosos tal como também são muito curiosos, mas como qualquer ser vido podem cometer erros ou serem atacados. Devido a estes descuidos e ataques, os nossos amigos de bigodes podem ser envenenados.

Se está pensando em adotar ou tem um gato, o envenenamento nos gatos, sintomas e primeiros socorros, é um tema importante sobre o qual se deve informar o mais possível, uma vez que pode causar a sua morte. Por isso, no PeritoAnimal.com.br queremos ajudar nessa missão.

Causas principais do envenenamento nos gatos

Como indicamos anteriormente os gatos podem ser muito cuidadosos mas são muitíssimo curiosos. Isto leva-os a explorar e provar coisas novas, que infelizmente nem sempre lhes fazem bem. Por isso, muitas vezes acabam intoxicados, envenenados ou feridos de alguma forma. Mas, graças ao conhecimento do potencial perito de algumas substâncias e de alguns produtos podemos evitar que isto aconteça mantendo-os fora de alcance dos nossos animais de companhia.
Em caso de envenenamento ou intoxicação nós não podemos fazer grande coisa na maioria das vezes, mas podemos identificar os sintomas a tempo e recorrer ao nosso veterinário de confiança o quanto antes. Ainda assim, existem algumas coisas que podemos tentar em casa enquanto o veterinário está a caminho e sempre que não nos diga expressamente o que fazer verifique as indicações que lhe damos em seguida.
Alguns dos venenos e tóxicos mais comuns com os quais os felinos se costumam cruzar são os seguintes:
  • Medicamentos para humanos (Ácido acetil salicílico e paracetamol)
  • Comida para humanos (chocolate) e outros alimentos proibidos para gatos
  • Inseticidas (arsénico)
  • Produtos de limpeza (água sanitária ou cloro)
  • Inseticidas (alguns produtos antiparasitários externos que pulverizamos sobre os nossos animais de estimação e no seu meio envolvente)
  • Insetos venenosos (cantáridas)
  • Plantas venenosas
Estes produtos, animais e plantas, contêm químicos e enzimas tóxicas para os gatos que o seu corpo não consegue metabolizar. Mais à frente, no parágrafo sobre o tratamento, falaremos mais sobre estes produtos, os seus efeitos e como tratá-los.

 

Sintomas gerais de envenenamento nos felinos domésticos

 

Os sintomas, infelizmente, são muito variados uma vez que dependem da origem do envenenamento e do grau de intoxicação. Mas em seguida mostramos-lhe os sintomas e sinais mais comuns que os gatos podem apresentar em caso de envenenamento:
  • Vômitos e diarreias por vezes com sangue
  • Salivação excessiva
  • Tosse e espirros
  • Irritação gástrica
  • Irritação da zona da pele que entrou em contato com o tóxico
  • Dificuldade respiratória
  • Convulsões, tremores e espasmos musculares involuntários
  • Depressão
  • Pupilas dilatadas
  • Debilidade
  • Dificuldade de coordenação nas extremidades por problemas neurológicos (ataxia)
  • Perda de consciência
  • Micção frequente (urinar muitas vezes)

Primeiros socorros e como proceder diante de um envenenamento em um gato

 

No caso de detectar qualquer sintomas anteriormente descrito devemos agir consoante a situação- O mais importante será ligar ao veterinário, estabilizar o animal e recolher o máximo de informação e uma amostra do veneno para que o veterinário possa ajudar da melhor forma. É sempre melhor se forem duas pessoas a ajudar e não apenas uma. Assim, por exemplo, enquanto liga para o veterinário a outra pode tentar estabilizar o garo, uma vez que devemos ter em mente que em casos de envenenamento o tempo é ouro.
Os seguintes passo a seguir são os mais comuns:
  1. Se o nosso pet está muito fraco, quase desmaia ou está inconsciente devemos colocá-lo numa zona aberta, ventilada e iluminada. Isto permite-nos observar melhor qualquer outro sintomas além de oferecer ar fresco ao nosso amigo. Para o levantar devemos ter cuidado e fazê-lo de forma a pegar em todo o corpo com firmeza. Se não tiver uma zona exterior, um banheiro ou a cozinha costumam estar bem iluminados e ter água à mão, que provavelmente irá precisar.
  2. É muito importante retirar com cuidado a fonte de envenenamento, se a conseguir detetar, para que não intoxique ainda mais o animal ou humanos que convivam com ele.
  3. Assim que conseguir observar bem o gato devemos ligar urgentemente para o veterinário, isso ajuda a acalmar-nos, focarmo-nos e indicará como proceder. Quanto mais depressa ligar par ao veterinário mais probabilidade de sobrevivência terá o seu gato. Devemos identificar a fonte de envenenamento se for possível, pois essa será uma das primeiras coisas que o veterinário lhe irá pedir. Isto indicará muitas coisas e uma das mais importante é se deve provocar o vômito ou não ao felino. Não os devemos fazer vomitar apenas por pensarmos que assim os ajudamos a extrair o veneno. Devemos lembrar-nos que se se trata de algo ingerido há mais de duas horas o ato de vomitar não ajudará em nada e apenas o enfraquecerá, se estiverem inconscientes nunca devemos tentar fazê-los engolir alguma coisa para provocar o vômito e no caso de substâncias corrosivas como as substâncias ácidas e alcalinas (água sanitária, etc) e derivados de petróleo (gasolina, querosene, líquido de isqueiros, etc) nunca devemos induzir o vômito, uma vez que podem causar queimaduras cáusticas e danificar o esófago, a garganta e a boca.
  4. Se conseguir identificar o veneno deve dar o máximo de informação ao veterinário, como o nome do produto, o seu principio ativo, a potência, a quantidade mais ou menos que pode ter ingerido e o tempo que passou desde que o fez, entre outras indicações dependendo do tipo de tóxico que tenha produzido o envenenamento.
  5. Não devemos dar-lhe água, comida, leite, óleos ou nenhum outro remédio caseiro enquanto não sabemos com toda a certeza que veneno ingeriu e como proceder, por isso será melhor esperar as indicações do veterinário enquanto lhe dá o máximo de informação. Isto acontece porque caso não saiba bem o que está a acontecer qualquer desse alimentos poderá produzir um efeito contrário ao que esperamos, piorando assim o estado do nosso amigo.
  6. Caso queira dar alguma coisa para beber enquanto espera pelo veterinário e este não o contraindique, deve dar-lhe água ou água com sal com uma seringa.
  7. Se decidirmos que devido à origem do veneno devemos fazer o gato vomitar devemos seguir umas determinadas regras para a indução do vômito para evitar danos desnecessários durante o processo. Estas regras serão indicadas mais à frente neste artigo.
  8. Embora consigamos fazer com que o gato vomite, uma parte do veneno já foi absorvida pelo intestino, assim sendo, deve tentar reduzir o avanço desta absorção do veneno. Isto é possível através de carvão ativado, que mais à frente explicamos como usar.
  9. Se a contaminação aconteceu por algum pó ou substância oleosa e se aderiu ao pleo do animal devemos sacudi-lo com uma escovagem intensa no caso de se tratar de pó ou utilizar algum produto de limpeza de mão que retire as substâncias oleosas. Se ainda assim não conseguir retirar o tóxico do pelo, deve cortar um pedaço do pelo uma vez que é preferível eliminá-lo assim do que lamentar uma deterioração do estado do animal.
  10. Caso o gato esteja desperto a pouco aturdido, e o veterinário não nos indique o contrário, será bom dar-lhe água fresca para beber, uma vez que muitos venenos que os gatos costumam ingerir afetam os rins e o fígado. Dando-lhe água fresca reduzimos um pouco o impacto nestes órgãos. Se não a conseguir bebe pode dar-lhe a água através de uma seringa.
  11. Antes de se dirigir ao veterinário ou antes que ele chegue a sua casa, se for possível, deve conservar uma amostra do veneno com o qual o gato foi envenenado, junto com a embalagem, rótulo, etc, que possam fazer parte desse veneno. Assim o veterinário terá o máximo de informação para ajudar o nosso amigo. 

Tratamentos a seguir diante de diversas causas de envenenamento nos gatos

 

Aqui tem os tratamentos para as causas mais comuns de envenenamento nos felinos, os quais só devemos realizar se o nosso veterinário nos indicar ou se de fato não tivermos outra opção. O ideal é que estas medidas sejam realizadas por um profissional.
  • Arsênio: O arsênio está presente em inseticidas, pesticidas e venenos para pragas e roedores. Os sintomas mais comuns neste caso são a diarreia aguda e por vezes com algum sangue, depressão, pulso fraco, debilidade geral e colapso cardiovascular. Estes sintomas ocorrem devido à inflamação aguda causada pelo arsênio em diversos órgão internos como o fígado ou os rins. Neste caso, se o veneno foi ingerido no espaço de duas horas pelo gato, o tratamento de urgência é a indução do vômito, seguido da administração oral de carvão ativado e passado uma ou duas horas deve administrar protetores gástricos como pectina ou caolin.
  • Xampu, sabão ou detergente: Nestes casos os sintomas são mais leves e mais fáceis de tratar. Muitos destes produtos contêm soda cáustica e outras substâncias corrosivas, por isso nunca deve induzir o vômito. Os sintomas são tonturas, vômitos e diarreia. Caso se trate de pouca quantidade ingerida e o veterinário não nos indique o contrário, uma boa forma de ajudar o organismo do gato e tratar esse envenenamento dando-lhe leite ou água.
  • Medicamentos para humanos: Trata-se de um grande perigo que está sempre por perto sem nos darmos conta, uma vez que costumamos pensar que estão bem guardados. Além disso, o problema não é só esta confiança que temos mas por vezes o desconhecimento, e acabamos por lhes dar algum destes medicamentos para baixar a febre ou acalmar outros sintomas. É um grande erro, uma vez que a maioria destes medicamentos não é feita para cães nem gatos, e embora lhes dê a dose mínima ou a indicada para crianças, estamos a intoxicar o nossos companheiros. Assim sendo, nunca medique o seu animal de estimação sem consultar um veterinário. Além disso, devemos saber que a maioria destes medicamentos são eliminados pelo fígado depois de metabolizados, mas os gatos não conseguem metabolizar adequadamente muitos medicamentos nem vitaminas. Em seguida mostramos-lhe os medicamentos mais comuns para nós mas que danificam a saúde dos nossos felinos gravemente e inclusivamente lhe podem provocar a morte:
  1. Ácido acetil salicílico (Aspirina): Como sabemos trata-se de um analgésico e antipirético muito comum. Mas nos gatos produz um efeito muito negativo passando por vômitos (às vezes com sangue), hipertermia, respiração acelerada, depressão e inclusivamente a morte.
  2. Paracetamol: É um anti-inflamatório e antipirético muito utilizado pelos humanos que é muito eficaz. Mas, novamente, é uma arma mortal para os gatos. Danifica o fígado, escurece as suas gengivas, produz salivação, respiração rápida, depressão, urina escura e pode resultar na morte do animal.
  3. Vitamina A: Costumamos ter em casa complexos vitamínicos para as épocas em que queremos evitar resfriados ou outras doenças comuns. Estes complexos vitamínicos incluem a Vitamina A. Além disso, esta vitamina pode ser encontrada em alguns complementos alimentares e em alguns alimentos como o fígado cru, que por vezes são alvo da curiosidade dos gatos. O excesso desta vitamina produz nos felinos sonolência, anorexia, rigidez do pescoço e das articulações, obstrução intestinal, perda de peso, além de uma posições estranhas como sentar-se sobre as patas traseiras mas elevando as patas dianteiras ou deitar-se mas deixando todo o peso sobre as extremidades sem chegar a relaxar.
  4. Vitamina D: Esta vitamina pode ser encontrada em complexos vitamínicos, mas também em raticidas e em alguns alimentos. As hipervitaminoses D produzem anorexia, depressão, vômitos, diarreias, polidipsia (sede extrema) e poliuria (micção muito frequente e abundante). Isto acontece devido às lesões renais e hemorrágicas que acontece no aparelho digestivo e respiratório.
  • Alcatrão: O alcatrão incluiu diversos produtos como as cresol, a creosoto e fenóis. Encontra-se em desinfetantes caseiros e outros produtos. O envenenamento no caso dos gatos por estes produtos costumam acontecer pela absorção através da sua pele, embora também possa acontecer por ingestão. Esta intoxicação provoca a estimulação do sistema nervoso, a debilidade do coração e danos no fígado, sendo os sintomas mais visíveis a debilidade ictericia (coloração amarela da pele e das mucosas devido ao aumento da bilirrubina), perda de coordenação, excesso de repouso e inclusivamente o esta de coma e dependendo do nível de envenenamento pode causar a morte. Não existe um tratamento específico. No caso de ter ingerido recentemente pode administrar soluções salinas e de carvão, seguido de claras de ovo para suavizar os efeitos corrosivos do veneno.
  • Cianeto: Encontra-se em plantas, em venenos para roedores e em fertilizantes entre outros. No caso dos felinos o envenenamento por cianeto acontece mais frequentemente pela ingestão de plantas que contêm compostos de cianeto, como o junco, as folhas de maçã, o milho, a linhaça, o sorgo e o eucalipto. Os sintomas costumam aparecer passados 10 a 15 minutos após a ingestão e podemo observar um aumento a excitação que rapidamente se transforma em dificuldades respiratórias, o que pode acabar em asfixia. O tratamento a seguir pelo veterinário é a administração imediata de nitrito de sódio.
  • Etilenoglicol: Utiliza-se como anticongelante nos circuitos de refrigeração de motores de combustão interna e comummente é conhecido como anticongelante para o carro. O sabor deste composto é doce, coisa que atrai ainda mais um animal e os leva a consumi-lo. Mas, os felinos não distinguem o sabor doce, no caso dos gatos não ocorre muito frequentemente e por vezes acontece ingerirem esta substância mas não pelo seu sabor. Os sintomas são aparecem muito rapidamente depois da ingestão e podem dar a sensação de que o nosso gato está bêbado. Os sintomas são vômitos, sinais neurológicos, letargia, perda de equilíbrio e ataxia (dificuldade de coordenação devido a problemas neurológicos). O que se deve fazer nestes casos é induzir o vômito e dar carvão ativado seguido de sulfato de sódio entre uma a duas horas depois de ter ingerido o veneno.
  • Flúor: O flúor usa-se nos venenos para ratos, produtos para limpeza oral dos humanos (pasta de dentes e elixir bocal) e acaricidas ambientais. Devido ao fato de o flúor ser tóxico para os cães e gatos nunca devemos usar a nossa pasta dentária para lhes lavar a boca. Vendem-se pastas dentárias especiais para eles que além de não têm flúor. Os sintomas são gastroenterite, sinais nervosos, aumento do ritmo cardíaco e dependendo do nível de envenenamento inclusive a morte. No caso de envenenamento severo deve-se administrar imediatamente gluconato de cálcio por via intravenosa ou hidróxido de magnésio ou leite por via oral para que estas substâncias se juntem com os iões de flúor.
  • Chocolate: O chocolate contém teobromina que é um químico pertencente às metilxantinas. Nos humanos não produz nenhum efeito daninho uma vez que temos enzimas que podem metabolizar a teobromina e convertê-la em outros elementos mais seguros. Por outro lado, os felinos não têm estas enzimas o que faz com que uma pequena quantidade os possa intoxicar. Assim sendo, trata-se de um alimento humano que podemos adorar e por isso muitas vezes damos ao nosso animal de estimação como prêmio e isto é um enorme erro. Os sintomas de envenenamento por chocolate costumam aparecer entre seis a doze horas depois da ingestão. Os sintomas e sinais principais são a sede constante, vômitos, salivação, diarreia, inquietude e ventre inchado. Passado um tempo os sintomas progridem e aparece a hiperatividade, tremores, micção frequente, taquicardia, bradicardia, dificuldade respiratória, insuficiência cardíaca e respiratória. O tratamento de primeiros socorros neste caso é, assim que se der conta da ingestão, induza o vômito ao gato e dê-lhe carvão ativado via oral. Se a ingestão de chocolate ocorreu passadas duas horas ou mais, o vômito não será muito útil uma vez que o processo de digestão estomacal já aconteceu. Portanto, devemos levar o gato intoxicado diretamente ao veterinário para que este realize o tratamento dos sintomas imediatamente com o material adequado.
  • Passas e uvas: Este caso de envenenamento não é muito comum, mas ainda assim acontece. Acontece mais em cães do que em gatos. Sabe-se que a dose tóxica nos cães é de 32g de passas por cada kg de peso corporal e de 11 a 30mg por kg de peso corporal no caso das uvas. Assim sendo e sabendo esta estimativa, sabemos que para um gato as doses tóxicas sempre serão quantidades menores. Os sintomas incluem vômitos, diarreia, debilidade sede extrema, desidratação, incapacidade de produzir urina e finalmente insuficiência renal, que pode acabar em morte. Como primeiros socorros deve induzir o vômito ao seu animal de estimação e em seguida deve levá-lo ao veterinário onde, além de outras coisas necessárias, será induzida a micção através de terapia intravenosa de fluídos.
  • Álcool: Neste caso de envenenamento de animais os álcoois mais comuns são o etanol (bebidas alcoólicas, álcool desinfetante, a massa de fermentação e os elixires), o metanol (produtos de limpeza como os limpa para-brisas) e o álcool isopropílico (álcool desinfetante e aerosóis de antipulgas para animais de estimação feitos com álcool). O álcool isopropílico tem o dobro de toxicidade do etanol. A dose tóxica encontra-se entre 4 a 8 ml por kg. Este tipo de tóxicos não só se absorve através da sua ingestão mas também acontece através da absorção pela pele. Os gatos são especialmente sensíveis a estes álcoois, portanto devemos evitar esfregá-los com anti-pulgas que não sejam indicados para gatos e que contêm álcool. Os sintomas aparecem na primeira meia hora a uma hora de intoxicação. Observam-se vômitos, diarreia, perda de coordenação, desorientação, tremores, dificuldade para respirar e nos casos mais graves, devido a esta insuficiência respiratória, acaba originando a morte do animal. Como primeiros socorros deve ventilar o gato, ou seja, desloque o animal para o local exterior sem que esteja diretamente ao sol, e se a ingestão de álcool aconteceu recentemente induza o vômito. Não lhe dê carvão ativado, uma vez que neste caso não surtirá nenhum efeito. Em seguida recorra ao veterinário para que o veja e atue conforme for necessário.
  • Cloro e água sanitária: Os produtos de limpeza de casa e os que utilizados para as piscinas contêm água sanitária e portanto contêm cloro. Às vezes vemos que os nossos animais de estimação gostam de beber á água do balde da esfregona que contém estes produtos misturados, beber a água da piscina recém tratada e tomar banho nela. Os sintomas são vômitos, tonturas, salivação, anorexia, diarreia e depressão. Como primeiros socorros devemos administrar leite ou leite com água ao nosso gato como uma seringa na boa de forma pausada e deixando que o mesmo vá bebendo por si. Nunca devemos induzir o vômito, ele já irá vomitar por si mesmo e provocar ainda mais vômito fará com que fique fraco e danifique o trato digestivo, isto porque a água sanitária e o cloro são corrosivos estomacais. Não se deve dar carvão ativado uma vez que isso não terá nenhum efeito. No caso de não ter ingerido, e a intoxicação tenha acontecido pela pele, deve dar banho ao gato com um xampu suave para gatos e enxaguar com água abundante para que não fiquem restos. Por fim deve recorrer ao veterinário para uma check up.
  • Inseticidas: Os inseticidas incluem produtos que contêm carbamatos, compostos de hidrocarbonetos clorados, permetrinas ou piretroides e organofosforados, todos eles tóxicos para o nosso pet. Os sinais de envenenamento neste caso são micção frequente, salivação excessiva, dificuldade para respirar, cólicas, ataxia e convulsões. Neste caso os primeiros socorros serão a administração de carvão ativado seguido

Conselhos sobre a dose e as administrações orais

 

  • Indução do vômito: Devemos conseguir uma solução de água oxigenada a 3% (peróxido de hidrogênio) e uma seringa infantil para administrar a solução de forma oral. Nunca devemos usar soluções que tenham concentrações mas elevadas de água oxigenada como alguns produtos para o cabelo, isso prejudicará ainda mais o gato em vez de o ajudar. Para preparar esta solução e administrá-la deve saber que a dose de água oxigenada a 3% é 5 ml (colher de café) por cada 2,25 kg de peso corporal e administra-se oralmente. Para um gato médio de 4,5 kg precisa mais ou menos de 10 ml (2 colheres de café). Repita o processo a cada 10 minutos por um máximo de 3 doses. Pode administrar esta solução oral logo depois do envenenamento, utilize de 2 a 4 ml por kg de peso corporal desta solução de água oxigenada a 3%.
  • Forma eficaz de o gato engolir a solução oral: Trata-se de introduzir a seringa entre os dentes e a língua do gato para que seja mais fácil introduzir o líquido e mais fácil de engolir. Além disso, nunca devemos introduzir todo líquido de uma só vez, mas sim 1 ml de cada vez e esperar que engula e deitar novamente mais 1 ml.
  • Carvão ativado: A dose normal é de 1 g de pó por cada meio quilo de peso corporal do gato. Um gato médio requer mais ou menos 10 g. devemos dissolver o carvão ativado no menor volume possível de água para formar uma espécie de pasta espessa e utilizar a seringa para o administrar oralmente. Repita esta dose a cada 2 ou 3 horas por um total de 4 doses. No caso de envenenamento severo a dose é de 3 a 8 g por quilo de peso corporal uma vez a cada 6 ou 8 horas durante 3 a 5 dias. Esta dose pode misturar-se com água e ser administrada com uma seringa de forma oral ou com uma sonda estomacal. O carvão ativado é vendido em forma de líquido já diluído em água, em pó ou em comprimidos que também podem ser dissolvidos.
  • Pectina ou caolin: Deve ser administrado pelo veterinário. A dose indicada é de 1 a 2 gr por kg de peso corporal a cada 6 horas durante 5 ou 7 dias.
  • Leite ou mistura de leite com água: Podemos dar leite ou uma diluição de leite a 505 com água quando queremos que este se ligue a certos venenos, por exemplo o flúor, e assim a passagem pelo organismo seja menos prejudicial. O apropriado é uma dose de 10 a 15 ml por quilo de peso corporal ou tudo o que o animal possa consumir.
  • Nitrito de sódio: deve ser administrado pelo veterinário. Devem ser administrados 10 g em 100 mll de água destilada ou uma solução isotônica salina com uma dose de 20 mg por kg de peso corporal do animal afetado pelo cianeto.
Este artigo é meramente informativo, Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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