A esporotricose é uma zoonose, ou seja uma doença que pode ser
transmitida de animais para pessoas. O agente desta doença é um fungo,
que geralmente usa uma ferida na pele como meio perfeito de entrada no
organismo.
Esta doença terrível pode afetar diversos animais,
incluindo o cachorro e o gato! Sendo que ela pode ser transmitida ao ser
humano, é imprescindível ter alguns cuidados. Por esse motivo, o
PeritoAnimal escreveu este artigo com tudo o que você precisa saber
sobre a esporotricose em cães e gatos: sintomas, causas e tratamento.
Afinal, o que é a Esporotricose ?
Esporotricose Felina
Este fungo gosta especialmente de lugares quentinhos e úmidos para se reproduzir e é por isso que é mais comum em climas tropicais. A melhor forma de prevenir o aparecimento deste fungo é manter sempre os locais devidamente limpos, especialmente a caixa de areia do seu gato!
É importante referir que, segundo alguns estudos, a transmissão a partir dos gatos para os humanos é mais comum do que a partir dos cachorros. Por vezes, o animal pode não ter a doença mas ser portador do fungo. Por exemplo, se o seu gatinho esteve em contacto direto com este fungo na rua e numa brincadeira lhe fizer um arranhão, pode ser o suficiente para o contaminar. Desinfete rapidamente a ferida!
Esporotricose canina
No cachorro, a esporotricose é considerada rara. Sendo mais comum existirem dermatofitoses causadas por outros agentes, como o Microsporum canis, Microsporum gypseum e o Trichophyton mentagrophytes.
De qualquer forma, existem alguns casos relatados e por isso, todos os
cuidados são poucos. Tal como nos gatos, a higiene é o mais importante
de tudo, tanto para manter o seu cachorro a salgo destes fungos
oportunistas, como você mesmo.
Causas da esporotricose
Como já referimos, o que causa a esporotricose é o fungo Sporotrix Schenckii que normalmente, aproveita pequenas lesões ou feridas para entrar no organismo do animal.
Podemos considerar que existem três tipos de esporotricose:
Podemos considerar que existem três tipos de esporotricose:
- Cutânea: nódulos individuais na pele do animal.
- Cutâneo-linfática: quando a infeção progride e para além de afetar a pele, atinge o sistema linfático do animal.
- Disseminada: quando a doença atinge um estado tão grave que todo o organismo fica afetado.
Sintomas de esporotricose
Ao contrário de outras doenças de pele, as lesões causadas pela
esporotricose não costumam causar coceira. Para além dos sintomas
típicos, referidos de seguida, os animais podem perder apetite e
consequentemente peso.
Sintomas de esporotricose em cães e gatos
- Nódulos firmes
- Áreas de alopécia (regiões do corpo sem pelo)
- Úlceras no tronco, cabeça e orelhas
Para
além disso, quando a doença é disseminada, uma série de outros sinais
clínicos podem ser apresentados, conforme os sistemas afetados. Desde
problemas respiratórios, locomotores e até mesmo gastrointestinais.
Esporotricose - diagnóstico
São necessárias provas de diagnóstico feitas pelo médico veterinário
para confirmar que o animal padece de esporotricose. Esta doença pode
ser facilmente confundida com outras que apresentem sinais clínicos
semelhantes, como a leishmaniose, herpes, etc.
Estes são os meios de diagnóstico mais comuns:
- Citologia por esfregaço direto
- Impressão
- Raspado cutâneo
Por vezes, pode ser necessário fazer uma cultura fúngica e biópsia.
Para além disso, não estranhe se o seu médico veterinário precisar
realizar várias provas no seu pet. Os exames complementares são
extremamente importantes para descartar possíveis diagnósticos
diferenciais e, recorde que, sem um correto diagnóstico, as
probabilidades do tratamento ser eficaz são muito inferiores.
Esporotricose em gatos e cachorros - tratamento
O tratamento de eleição para este problema é o iodeto de sódio e potássio.
No caso dos gatos, o veterinário terá especial cuidado porque existe um maior risco de ocorrer iodismo como efeito secundário deste tratamento, sendo que o gato pode apresentar:
No caso dos gatos, o veterinário terá especial cuidado porque existe um maior risco de ocorrer iodismo como efeito secundário deste tratamento, sendo que o gato pode apresentar:
- Febre
- Anorexia
- Pele ressecada
- Vômitos
- Diarreia
- Anorexia
- Náuseas
- Perda de peso
Esporotricose tem cura?
Sim, a esporotricose tem cura. Para isso, você deve levar o
seu pet à clínica veterinária assim que verificar alguns dos sintomas
que referimos anteriormente. Quanto mais depressa for iniciado o
tratamento, melhor é o prognóstico.
O prognóstico desta doença é bom se for identificado a tempo e se fizer um tratamento correto. Podem existir recidivas mas, geralmente, estão associadas a um uso incorreto de medicamentos. Por esse motivos, mais uma vez frisamos, que você jamais deve medicar o seu pet sem a supervisão do veterinário, visto que esse ato pode parecer resolver o problema no momento mas piorar a saúde do seu animal no futuro.
Prognóstico da esporotricose
O prognóstico desta doença é bom se for identificado a tempo e se fizer um tratamento correto. Podem existir recidivas mas, geralmente, estão associadas a um uso incorreto de medicamentos. Por esse motivos, mais uma vez frisamos, que você jamais deve medicar o seu pet sem a supervisão do veterinário, visto que esse ato pode parecer resolver o problema no momento mas piorar a saúde do seu animal no futuro.
Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos
capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum
tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao
veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou
mal-estar.
Se deseja ler mais artigos parecidos a Esporotricose em gatos e cães: sintomas, causas e tratamento, recomendamos-lhe que entre na nossa seção de Problemas da pele.
Bibliografia
- Londero, A.T. Castro, R. M. Fichman, O. (N. D) Two cases of Sporotrichosis in Dogs in Brazil.
- Souza, N.T. Nascimento, A.C.B.M. Souza. J. O. T Santos, F.C.C.A. Castro, R. B. (2009) Esporotricose canina: Relato de Caso. Arq. Bra. Med. Vet. Zootec. 61(3) p.572-576
- Bernard P et al (1983) Sporotrichosis acquired from a cat. J AM ACAD DERMATOL 8 pp. 386-391
Se gostou compartilha ! Se tem alguma dúvida entra em contato !
Nenhum comentário:
Postar um comentário