Há vários tipos de tumores mamários em cadelas, a identificação deve ser
feita através de biópsia e análise histopatológica, independentemente
de o tumor ser maligno ou benigno. O risco de uma cadela vir a
desenvolver tumores mamários malignos depende se o animal é esterilizado
(castrado) e da altura em que foi o procedimento.
O aparecimento da doença
está relacionado com a produção de hormônios femininos, como o
estrógeno e a progesterona. Além disso, em cadelas, o risco de
desenvolvimento do tumor mamário está relacionado com o número de ciclos
estrais. Já em gatas, esse risco aumenta em até sete vezes, em fêmeas
inteiras, comparadas com fêmeas castradas, na puberdade.
A eliminação ou redução de hormônios como os estrogênios,
progesterona ou similares contribuem para a redução do aparecimento
deste tipo de tumor. Leia este artigo até o final e entenda melhor sobre
o assunto!
O que é o câncer?
O câncer é o crescimento anômalo, contínuo e rápido
de células no organismo. No câncer de mama em cadelas, como o próprio
nome indica, esse desenvolvimento patológico se dará nas glândulas
mamárias. Quase todas as células morrem e são substituídas ao longo da
vida do indivíduo. SE ocorre uma mutação nos mecanismos que comandam
essa divisão celular, se originarão células de crescimento muito rápido
que formarão massas capazes de deslocar as células saudáveis.
Além
disso, as células cancerígenas não cumprem as funções próprias das
células. Caso o câncer cresça e invada a zona ou órgão de onde se
origina, causará danos que, com o tempo, levarão à
morte do cachorro. Em animais jovens, seu crescimento costuma ser mais
rápido, ao contrário do que ocorre com os animais de maior idade, devido
ao próprio ritmo de regeneração celular.
Existem genes que
suprimem os genes do câncer mas também há outros que inibem sua função.
Tudo isso pode ser provocado por fatores externos como dieta, estresse
ou meio ambiente. Assim, o câncer é um fenômeno onde interatuam a
genética e o meio. Além disso, agentes cancerígenos são conhecidos, isto
é, influências que aumentam as probabilidades de se originar um câncer.
Nos seres humanos já se provou que são cancerígenas elementos como a
luz ultravioleta, os raios X, a radiação nuclear, alguns produtos
químicos, o cigarro, vírus ou parasitas internos.
Os tumores que surgem do câncer são denominados neoplasias e podem ser benignos o malignos.
Os primeiros costumam crescer lentamente, sem invadir ou destruir os
tecidos que os rodeiam. Não consumam propagar-se a outras partes do
corpo. Quando possível se extirpa com cirurgia. Ao contrário, os tumores
malignos invadem os tecidos adjacentes e crescem de modo ilimitado.
Estas células tumorais podem penetrar no sistema circulatório e passar
do tumor primário a outras partes do corpo. Esse processo é chamado metástase.
Quais os sintomas de câncer de mama em cadelas
As cadelas possuem cerca de dez glândulas mamárias, distribuídas em
duas cadeias simétricas de cada lado do corpo, do peito para a virilha.
Os tumores em estas glândulas são, infelizmente, muito comuns e a maioria ocorre em cadelas com mais de seis anos de idade, com maior incidência aos dez anos. Estes tumores podem ser benignos o malignos.
Este tipo de câncer es, em grande parte hormônio-dependente,
o que significa que sua aparição e desenvolvimento estão vinculados aos
hormônios, principalmente estrógenos e progesterona, que intervêm no
ciclo reprodutor da cadela e para os quais há receptores no tecido
mamário.
O principal sintoma que, como cuidadores, notaremos no câncer de mama de nossa cadela é a presença de uma protuberância ou massa indolor em
uma ou várias mamas, ou seja, para sua detecção bastará um exame
físico. As mamas maiores, ou seja, as inguinais, são afetadas com maior
frequência. Esta massa terá tamanho variável e um contorno mais ou menos
definido, preso ao pelo ou livre. Ocasionalmente, a pele se ulcera e
pode-se identificar uma ferida. Por vezes, você também pode observar uma secreção com sangue pelo mamilo.
Quais os sinais característicos?
Os tumores mamários em cadelas podem aparecer como massas duras ou
inchaços múltiplos. Então, quando começam a se desenvolver, são
facilmente detectados ao apalparmos gentilmente as glândulas mamárias.
No início sentem-se como pequenos grãos de areia, logo debaixo da pele.
Podem crescer rapidamente num curto período de tempo, chegando a
duplicar de tamanho em cerca de um mês. E mais, embora possam aparecer
em qualquer das cinco glândulas mamárias, os tumores ocorrem mais
frequentemente na 4ª e 5ª glândula, as duas últimas, de ambos os lados.
Os tumores malignos crescem rápido, tem uma forma irregular, e estão
firmemente aderidos à pele ou ao músculo. Além disso, podem sangrar ou
ulcerar/rebentar. Ao contrário dos benignos que são pequenos e crescem
lentamente.
A biópsia ou a remoção total do tumor, e posterior envio para
análise, são sempre necessários para saber se um tumor é maligno ou
benigno. Os tumores mais agressivos podem espalhar-se para os gânglios
e/ou para os pulmões.
Tumor de mama em cadelas - Diagnóstico
Ao detectar esse primeiro sinal, devemos buscar atendimento veterinário
o quanto antes. O veterinário, por palpação, confirma o diagnóstico,
diferenciando-o de outras causas possíveis como a mastite. Como veremos,
o tratamento adotado, em qualquer caso, será a remoção cirúrgica.
O material removido deverá ser enviado para analise (biopsia)
e será o laboratório histopatológico especializado o responsável por
determinar os tipos de células presentes. Além disso, este estudo nos
dirá se o tumor é benigno o maligno e, em este último caso, qual é o seu
grau de virulência. Estes dados são básicos para o prognóstico, a
esperança de vida ou a possibilidade de recidiva (porcentagem de repetição do câncer no mesmo local ou em outro diferente).
Tratamento para tumores mamários em cadelas
Remoção cirúrgica!
Sempre que encontrar uma massa na mama da sua cadela, a remoção
cirúrgica é o tratamento recomendado. A não ser que ela tenha uma idade
muito avançada, e sofra de uma patologia que aumente os riscos
anestésicos.
Se a cirurgia for realizada precocemente, no início do
desenvolvimento da doença, os tumores podem ser totalmente eliminado em
50% dos caso, mesmo sendo malignos. Na maioria das situações, é
recomendável a extração de toda a cadeia mamária, para evitar recidivas.
Ao contrário do que acontece nos humanos, a mastectomia total implica
apenas uma incisão na pele para extração das glândulas mamárias e dos
gânglios. Assim, não afeta os músculos, e torna a recuperação bastante
tranquila.
A eficácia do tratamento do câncer de mama em cadelas dependerá do diagnóstico precoce. A remoção cirúrgica,
como dissemos, será o tratamento eleito, salvo nos casos em que exista
uma doença terminal ou se constate a presença de metástase. Por isso,
antes de entrar em uma sala de cirurgia, o veterinário realizará uma
radiografia que permitirá distinguir a presença de massas em outras
partes do corpo.
É comum aparecer metástase nos pulmões (o que pode levar a dificuldades respiratórias). Também pode ser feita uma ecografia e um exame de sangue. Na cirurgia, será removido o tumor e o tecido saudável adjacente. A extensão da remoção depende do tamanho e da localização do tumor. Desta forma, se pode retirar apenas a protuberância, a mama completa, toda a cadeia mamária ou, inclusive, as duas cadeias. Quanto maior o tumor e sua agressividade, mais desfavorável será o prognóstico.
Também, por se tratar de um câncer hormônio-dependente, se a cadela estiver inteira, poderá ser feita a ovariohisterectomia, isto é, a extração do útero e dos ovários. Como dissemos, se a sua cadela apresenta metástase, não se recomenda a intervenção cirúrgica, embora, em alguns casos, possa ser extraída se está provocando danos. Conforme o resultado da biópsia, além da remoção cirúrgica, pode ser necessário administrar também a quimioterapia (previne e controla a metástase).
Por outro lado, o período pós-operatório será como o de qualquer outra cirurgia, no qual devemos ter atenção para que nossa cadela não arranque os pontos, assim como no aspecto da ferida, para controlar possíveis infecções. Também deve-se evitar movimentos bruscos, brincadeiras violentas ou saltos que possam fazer com que a ferida se abra. Certamente é necessário mantê-la limpa e desinfetada, segundo orientação do veterinário, da mesma forma devemos ministrar os antibióticos e analgésicos receitados. Tenha em mente que a incisão pode chegar a ser de tamanho considerável.
É comum aparecer metástase nos pulmões (o que pode levar a dificuldades respiratórias). Também pode ser feita uma ecografia e um exame de sangue. Na cirurgia, será removido o tumor e o tecido saudável adjacente. A extensão da remoção depende do tamanho e da localização do tumor. Desta forma, se pode retirar apenas a protuberância, a mama completa, toda a cadeia mamária ou, inclusive, as duas cadeias. Quanto maior o tumor e sua agressividade, mais desfavorável será o prognóstico.
Também, por se tratar de um câncer hormônio-dependente, se a cadela estiver inteira, poderá ser feita a ovariohisterectomia, isto é, a extração do útero e dos ovários. Como dissemos, se a sua cadela apresenta metástase, não se recomenda a intervenção cirúrgica, embora, em alguns casos, possa ser extraída se está provocando danos. Conforme o resultado da biópsia, além da remoção cirúrgica, pode ser necessário administrar também a quimioterapia (previne e controla a metástase).
Por outro lado, o período pós-operatório será como o de qualquer outra cirurgia, no qual devemos ter atenção para que nossa cadela não arranque os pontos, assim como no aspecto da ferida, para controlar possíveis infecções. Também deve-se evitar movimentos bruscos, brincadeiras violentas ou saltos que possam fazer com que a ferida se abra. Certamente é necessário mantê-la limpa e desinfetada, segundo orientação do veterinário, da mesma forma devemos ministrar os antibióticos e analgésicos receitados. Tenha em mente que a incisão pode chegar a ser de tamanho considerável.
Como prevenir câncer de mama em cadela
Como vimos, a causa do aparecimento do câncer de mama em cadelas é
principalmente hormonal, o que nos permite adotar medidas preventivas
como a esterilização
precoce de nossa cadela. Com a remoção do útero e dos ovários, a cadela
deixa de entrar no cio, e sem a ação dos hormônios necessários para
esse processo, não é possível o desenvolvimento de nenhum tumor.
Deve-se
ter em conta que essa proteção é praticamente completa em cadelas
operadas antes de seu primeiro cio. Realizando a intervenção depois do
primeiro cio, a proteção sé de cerca de 90 %. A partir do segundo cio e
os seguintes, o percentual de proteção proporcionado pela esterilização
vai diminuindo. É importante, portanto, esterilizar nossa cadela antes de seu primeiro cio.
Se a adotamos em idade adulta, devemos operá-la o antes possível, de
preferência quando não esteja no cio, já que a irrigação da zona durante
essas semanas aumenta, o que eleva o risco de hemorragia durante a
cirurgia.
Entre as medidas preventivas destacamos também, o diagnóstico precoce.
Nunca é demais examinarmos as mamas de nossa cadela periodicamente e
que procuremos atenção veterinária rápida diante de qualquer mudança ou
presença de massas, enrijecimento, inflamação, secreção ou dor.
A
partir dos seis anos, se indica fazer em casa um exame mensal em cadelas
não esterilizadas ou esterilizadas tardiamente. Da mesma forma, devemos
manter as revisões veterinárias de rotina. Os cachorros com mais de 7
anos deveriam submeter-se a um exame físico anual, já que, como vimos,
um simples exame físico pode detectar a presença de câncer.
Por fim, é importante saber que a utilização de medicamentos para controlar o cio da cadela (progestogênio) favorece o aparecimento de câncer de mama. Além disso, cadelas que tenham sofrido de pseudo-gestações
(gravidez psicológica) também são mais propensas a sofrer da doença.
Todos os dados apresentados reforçam a necessidade da esterilização
precoce para proporcionar à sua cadela uma melhor qualidade de vida.
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