sábado, 29 de junho de 2019

Descoberta nova espécie de verme que tem olhos na cabeça e no traseiro

 

 

Cientistas encontraram a nova espécie durante a exploração de área marinha protegida na Escócia.

 O verme foi encontrado durante uma pesquisa realizada em uma área protegida das Ilhas Shetland — Foto: National Museums Scotland 

Uma nova espécie de verme que tem olhos na cabeça e também no traseiro foi descoberta no mar da Escócia. 

Os cientistas encontraram o animal durante uma pesquisa na Área Marinha Protegida de West Shetland Shelf. 

Com apenas 4 milímetros de comprimento, ele foi descoberto em uma parte inexplorada do fundo do mar da vasta área protegida. 

O verme marinho recebeu o nome científico de Ampharete oculicirrata.

 O verme descoberto tem apenas 4 milímetros de comprimento — Foto: R Barnich 

A pesquisa foi conduzida pelo Joint Nature Conservation Committee (JNCC), a Marine Scotland Science, divisão científica da marinha escocesa, e a consultoria ambiental Thomson Environmental Consultants. 

O verme coletado durante a exploração do fundo do mar faz parte agora do acervo do Museu Nacional da Escócia, em Edimburgo. 

"O fato de ter sido encontrado em uma profundidade relativamente rasa, relativamente perto da costa escocesa, mostra que ainda há muito para se aprender sobre as criaturas que vivem em nossas águas", afirmou Jessica Taylor, do JNCC. 

"Estou animada com as futuras pesquisas da JNCC e da Marinha da Escócia e o que elas podem revelar. É ótimo que espécimes da nova espécie tenham sido adquiridas pelo Museu Nacional da Escócia e estejam disponíveis para futuros estudos."

Na evolução, cachorros passaram a levantar sobrancelhas para ter atenção dos humanos


Movimento dos músculos acima dos olhos não ocorre com a mesma intensidade em lobos. Ao erguer as sobrancelhas, cães atraem os cuidados dos donos. 

Por Luiza Tenente, G1
Na evolução, cachorros passaram a levantar sobrancelhas para ter atenção dos humanos 

Seu cachorro faz, de vez em quando, uma carinha especialmente fofa, que desperta sua atenção? Esse comportamento pode ser proposital, justamente para atrair mais cuidados dos seres humanos. Pesquisadores dos Estados Unidos e do Reino Unido descobriram que, ao longo do processo evolutivo, esses animais desenvolveram novos músculos faciais. Com isso, conseguem elevar as sobrancelhas intencionalmente e imitar os olhos arredondados de filhotes. 

Essa expressão desencadeia, instantaneamente, uma resposta nos humanos. "Quando cachorros fazem esse movimento, despertam um desejo mais forte de cuidarmos deles. Isso deu aos que conseguiam mexer a sobrancelha uma vantagem maior em relação aos demais. Essa característica foi transmitida para as gerações seguintes", explica um dos pesquisadores. 

 Ao erguer as sobrancelhas, cachorros ficam mais parecidos com filhotes e atraem a atenção dos humanos — Foto: Reprodução/Pixabay

Os autores do estudo, liderados pela psicóloga Juliane Kaminski, da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, compararam lobos e cães. Os primeiros não conseguem movimentar a sobrancelha, porque não desenvolveram esses mesmos músculos acima dos olhos. Ao que parece, foi uma diferença decisiva entre as espécies - cachorros têm uma capacidade maior de interação social com humanos. 
No periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS), no qual o estudo foi publicado, uma ilustração mostra a comparação entre os olhos dos lobos e dos cães:  


 À esquerda, as áreas destacadas mostram os músculos dos olhos dos cachorros, capazes de deixar os olhos mais arredondados. À direita, o desenho representa os lobos, que não têm a mesma habilidade — Foto: Reprodução/PNAS

Estresse de humanos contagia os cães, afirma estudo

Cientistas encontraram a nova espécie durante a exploração de área marinha protegida na Escócia.

 A personalidade do dono afeta as concentrações do hormônio cortisol no seu cachorro — Foto: Polícia Civil do Paraná

 Pense no seu cãozinho de estimação quando estiver se sentindo estressado. Não que ele vá necessariamente aliviar sua rotina, mas porque ele pode estar sofrendo tanto quanto você.

Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Linköping, na Suécia, constatou que donos de animais de estimação estressados "passam" esse estado para seus cães. 

A pesquisa acaba de ser publicada pelo periódico Scientific Reports. 

A descoberta baseou-se em análise da presença de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse, no organismo das pessoas e de seus pets. 

"Cães e seus donos sincronizam seus níveis de estresse a longo prazo", resume a bióloga Lina Roth, uma das autores da pesquisa, em conversa com a BBC News Brasil.
"A personalidade do dono afeta as concentrações de cortisol nos pelos dos cães. Já a personalidade própria de cada cão mostrou ter pouco efeito sobre o nível de estresse."
Sim, parece que mais um efeito colateral do milenar processo de domesticação dos cães, levando-os a se tornarem seres dependentes dos humanos, foi isso: o bicho acabou também descobrindo o que é estresse.

"Não encontramos nenhum grande efeito da personalidade do cão no estresse de longo prazo. A personalidade do dono, por outro lado, teve forte efeito. Isso nos leva a concluir que o cão espelha o estresse de seu dono", afirma Roth.

Como foi feito o estudo

O estudo analisou 58 cães - 25 da raça border collie e 33 pastores de shetland - e suas donas - todas mulheres. "Cortamos amostras de cabelo das proprietárias e dos pelos de seus cães em duas ocasiões diferentes. E analisamos a concentração de cortisol", explica Roth. 
"À medida que o pelo cresce, o cortisol da corrente sanguínea é gradualmente incorporado. Isso forma uma espécie de calendário retrospectivo dos níveis de cortisol. Portanto, a partir de amostras de cabelo, conseguimos analisar os níveis de estresse ao longo de meses."
A bióloga conta que as proprietárias dos cães também foram convidadas a responder um longo questionário com perguntas da personalidade - tanto delas, quanto de seus cães.
Como já havia sido demonstrando por estudos anteriores que indivíduos da mesma espécie podem espelhar estados emocionais uns dos outros - por exemplo, crianças que incorporam a personalidade estressada de seus pais -, os pesquisadores queriam descobrir se o mesmo ocorria com animais com os quais humanos têm forte relação.

"Descobrimos que os níveis de cortisol a longo prazo no cão e em seu dono foram sincronizados, de modo que os proprietários com altos níveis de cortisol têm cães com altos níveis de cortisol, enquanto os proprietários com baixos níveis de cortisol têm cães com baixos níveis", comenta a bióloga e etóloga Ann-Sofie Sundman, também autora do estudo. 

Como a atividade física também pode aumentar o nível de cortisol em humanos, havia a suspeita de que o mesmo pudesse interferir no efeito analisado nos cães. Então, foram selecionados cães mais sedentários - aqueles que servem apenas como companhia - e outros que competem em provas de agilidade e corrida. 

As atividades físicas desempenhadas pelos cães durante o período da pesquisa também foram monitoradas. 

Concluiu-se que a atividade física dos cães não afeta os níveis de cortisol. Por outro lado, concluiu-se que os cães competidores parecem estar mais sincronizados com seus donos. Especula-se que isso seja resultado de maior interação - em treinamentos e competições. 

"Nós ainda não sabemos o mecanismo por trás da sincronização, uma vez que o que observamos foram correlações", explica Roth. "Mas descobrimos que cães competidores mostram uma correlação mais forte do que cães de estimação."

Quais são os próximos passos?

Os pesquisadores acreditam que sejam necessários novos estudos para compreender melhor as explicações dessa relação, bem como se o mesmo pode ser aplicado a outras raças ou mesmo a animais de estimação de outras espécies.

"De fato, seria muito interessante estudar também outros animais de estimação", concorda Roth. "Mas primeiro precisamos investigar outros tipos de raças de cães e também incluir proprietários masculinos. São projetos em andamento."
As raças escolhidas - border collie e pastor-de-shetland - têm em comum a capacidade de interagir bem com seres humanos, respondendo com precisão e rapidez aos sinais. O que pode sugerir que sejam mais adaptadas à sincronização, ao longo da evolução junto ao ser humano. 

Raças de cães de caça, lembram os pesquisadores, são desenvolvidas de forma a serem animais "independentes". Talvez sua sincronização com humanos não seja tão intensa. 

Uma outra linha de pesquisa também deve se desdobrar para analisar se essa interação também ocorre - da mesma forma ou de modo diferente - no caso de proprietários homens.  
A atividade física dos cães não afeta os níveis de cortisol — Foto: congerdesign/Pixabay

FEBRE MACULOSA


O que é a febre maculosa?

É uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Rickettsia. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, duas espécies estão associadas à febre maculosa:
  • Rickettsia rickettsii, mais registrada do norte do Paraná e nos estados da região Sudeste, como Minas Gerais;
  • Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica, que é registrada em áreas silvestres e apresenta sintomas mais leves.

Como ela é transmitida?

A transmissão em seres humanos ocorre por meio da picada do carrapato infectado pela bactéria causadora da doença. Os carrapatos permanecem infectados durante toda a vida, em geral de 18 a 36 meses. Veja o ciclo:

Como diminuir os riscos de infecção?

Quanto mais rápido uma pessoa retirar os carrapatos de seu corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, coloque todas as peças de roupa em água fervente para a retirada dos insetos.
"Para transmitir a doença, o carrapato precisa ficar na nossa pele por quatro horas", explica a infectologista Rosana Richtmann.
Outras dicas do Ministério da Saúde:
Ao remover um carrapato da sua pele, use uma pinça para agarrá-lo e remova-o cuidadosamente.
  • Trate o carrapato como se estivesse contaminado: mergulhe-o em álcool ou jogue no vaso sanitário.
  • Limpe a área da mordida com antisséptico.
  • Lave bem as mãos.

Quanto tempo demora para os sintomas se manifestarem?

A doença pode demorar até duas semanas para se manifestar após o contato inicial com a bactéria.

Quais são os sintomas?

Os sintomas são parecidos com os de várias outras doenças, como a dengue. Febre alta, dor no corpo e dor no fundo dos olhos estão entre os principais, assim como dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, insônia, manchas na pele.
A doença causa uma inflamação nos vasos periféricos e pode gerar amputações, quadros neurológicos e matar em até 60% dos casos.
 A progressão da doença varia. Nem todos os pacientes desenvolverão todos os sinais ou sintomas. Por isso, o mais importante é examinar o corpo após entrar em áreas silvestres.

Como é o tratamento da febre maculosa?

Quanto mais cedo o paciente buscar uma unidade de saúde após a manifestação dos sintomas, maior será a chance de melhoria no quadro. O tratamento é feito com antibióticos específicos e, em alguns casos, a pessoa precisará ser internada. Todo o processo dura cerca de 10 dias. 
 Carrapato-estrela é o responsável por transmitir a febre maculosa — Foto: CDC/ Dr. Christopher Paddock/ James Gathany