segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cachorro morre após ser espancado por homem em Apodi - RN

           Um homem agrediu um cachorro com pauladas, pedradas e chutes na noite do último sábado (20), na cidade de Apodi, localizada a 320 quilômetros de Natal. 
           A Polícia Militar foi acionada e o homem foi encaminhado à delegacia do município. O cachorro foi levado para um veterinário, onde permaneceu em tratamento até a manhã desta segunda-feira (22), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
           De acordo com a policial civil Aprígida Carvalho, o homem tentava vender ovos de galinha caipira ao proprietário do cachorro quando o animal latiu para ele. A partir daí começaram as agressões. “A família chegou na delegacia desesperada e nós fomos ao local. O agressor estava próximo dalí e foi levado para a delegacia. Ele alegou que estava apenas se defendendo porque o cachorro teria latido para ele, mas pelo estado em que estava o cão não foi apenas um revide, foi um espancamento mesmo”, disse a policial civil que atendeu a ocorrência.
           O cachorro foi levado pela polícia até uma clínica veterinária da cidade onde permaneceu até esta segunda-feira, mas devido aos ferimentos não resistiu e morreu. O cachorro que se chamava Beethoven tinha 10 anos de idade
              Aprígida Carvalho informou ainda que o homem estava visivelmente embriagado. Segundo ela, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência e o homem foi liberado em seguida por se tratar de “um procedimento de menor potencial ofensivo”.

 fonte: G1 - RN

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Decisão da Justiça Federal autoriza tratamento de cães com leishmaniose

          Decisão do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) desta quarta-feira (16) derrubou a portaria do Ministério da Agricultura que proibia o tratamento de cães com leishmaniose visceral. A ação foi movida pela ONG (Organização Não Governamental) Abrigo dos Bichos e é válida para todo o País.
 
            Por dois votos a um, o Tribunal autorizou o tratamento dos cães com o entendimento de que proibindo a utilização de medicamento humano para tratamento, automaticamente é incentivado o extermínio dos animais. Em Campo Grande, a polêmica reacendeu após o caso do cão Scooby, que sofreu maus tratos, teve a doença diagnosticada, foi tratado, depois voltou ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), de onde foi retirado ontem, pela Abrigo dos Bichos, graças a uma decisão da Justiça. Havia o temor de que ele fosse submetido a eutanásia. 


           “A matança de animais é inconstitucional e vai contra as Leis de proteção ambiental, convenção de Bruxelas e todas as leis de preservação dos animais”, explicou o advogado responsável pelo processo que teve liminar deferida pela Justiça Federal, Wagner Leão.


           À medida ainda cabe recurso junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça), que pode manter ou não a decisão da instância anterior, mas até um novo julgamento o tratamento está autorizado.


          O tratamento é proibido pelo CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária), que inclusive pune os profissionais que o praticam, como a médica veterinária Sibele Cação que teve cassado o mandato de presidente do Conselho Regional. Sibele defende o procedimento com os animais, sendo uma das defensoras do tratamento do cão Scooby, símbolo da luta dos que defendem o fim da eutanásia dos cães contaminados.

            Como a portaria não tem eficácia, os médicos veterinários que fizerem não podem ser punidos, mesmo em caso de derrubada da medida.

            “Acho uma decisão lógica, de bom senso, até quando se fala do aspecto do equilíbrio ecológico porque exterminar uma raça por conta do fator econômico é um absurdo”, explicou. Ele lembrou ainda que o cão é somente mais um dos hospedeiros da leishmaniose. "Se o gado começar a ser responsável pela transmissão, vamos eliminar todo rebanho do Estado?", questionou.