Quem gosta de peixe e cria em aquário sente a necessidade de trazer novos amiguinhos
para compor o aquário. Portanto, deve-se ficar atento quanto ao histórico dos futuros inquilinos uma vez que há espécies que antes habitava um ambiente
mais agitado agora precisa se habituar em um viveiro mais calmo. Para isso, ai vai algumas dicas que vai te ajudar na hora da chegada do novo inquilino de forma a tornar a receptividade mais harmoniosa e assim reduzir a agressividade entre os peixes.
Comportamento
Como já dito, é preciso se atentar quanto a origem do novo inquilino.
Assim, recomendamos que leia sobre o seu novo peixe e verifique se a
espécie dele é mais agressiva, com isso evite juntar em um mesmo aquário
duas espécies afrontosas demais.
O habitat
O lugar onde o seu peixe vai viver é bem importante. Tente sempre
manter o aquário limpo, pois além de ser bom para a sua saúde, ajuda a
melhorar o comportamento dos peixes. Há um post no blog que fala sobre
como fazer a manutenção do aquário
Espaço
Quanto mais espaço melhor! Não fique ansioso querendo colocar vários
peixes em um mesmo aquário se ele é pequeno demais. Superlotar o aquário
é furada, não ajudará nada a diminuir a agressividade deles. Caso
contrário recomendamos que você substitua o aquário por um maior.
Esconderijos
Um aquário muito aberto pode intimidar a convivência dos peixes, para
isso invista em esconderijos como cavernas nas rochas. Assim, seu novo
peixinho terá muitos lugares para ir sem deixar seu dia estressante.
Alimente-os
Se você está trazendo um novo inquilino e não sabe como os antigos
peixes irão reagir, alimente-os! Isso mesmo, alimentar os peixes antes
de adicionar os novos irá ajudar a diminuir a agressividade destes.
Iluminação
A ideia da iluminação é parecida com a ideia de alimentar os peixes.
Serve como mais um truque para acalmar os antigos habitantes. Na hora de
colocar os novos moradores apague as luzes e logo em seguida ligue.
Eles nem vão perceber a mudança pois não viu você colocando e não
precisarão se estressar com isso.
Viram que os peixes podem ser bem exigentes não é mesmo? Apesar de
parecer bobeira muita gente não se atenta e acaba ignorando a qualidade
de uma boa convivência. Estresse não é saudável para seu peixe!
Meu peixe é agressivo ou age por instinto?
Será que o meu peixe é agressivo porque quer? Ou as ações realizadas por ele são baseadas em seu instinto? Gostaria de, nesta parte do artigo, trazer a questão do antropomorfismo que é muito comum entre alguns hobbystas. Antropomorfismo é a ação de passar aos animais (no nosso caso) valores humanos, quer um exemplo disso? Achar que o peixe está “feliz”, “triste” ou “bravo”.
Aplicando a questão do antropomorfismo ao artigo, é comum dizer que o peixe é “bravo” e por isso sempre bate nos outros peixes. Na verdade não é bem assim, se o peixe está agredindo outros ele tem um motivo por trás disso e está agindo pelo seu instinto natural. Um exemplo típico seria na hora da reprodução: primeiro o macho se torna agressivo com outros de sua espécie (ou de formato semelhante) porque tem a necessidade fisiológica de passar seus genes para frente e gerar descendentes. Como ele vai fazer isso se tiver outro macho por perto que possa acasalar com a fêmea? Neste caso ele fará de tudo para evitar a concorrência e tentará afugentar o outro macho.
Macho de Apistogramma agassizii enfrentando o próprio reflexo
Pensando
um pouco mais a frente: Ele já se acasalou com a fêmea e agora será
agressivo com todos os peixes ao redor – não só machos da mesma espécie –
e ele fará isso para poder defender sua futura cria e garantir sua
herança genética novamente.
Casal de Apistogramma cacatuoides defendendo local da desova
Fêmea de Apistogramma bitaeniata cuidando dos ovos durante a noite
Macho de sekai scaping guardando a toca com ovos
Por último a cria nasceu e já começa a nadar pelo aquário, enquanto os filhotes não tiverem um tamanho razoável os pais irão defender a cria de todas as maneiras possíveis provocando um grande estresse em todos os outros habitantes.
Fêmea de Apistogramma bitaeniata cuidando dos filhotes - note a coloração amarela que ela apresenta quando nesta fase.
Fêmea de Apistogramma agassizii em época de reprodução
No
final das contas podemos observar que o peixe não ficou “bravo” porque
quis e sim que se tornou mais agressivo devido ao seu instinto de
reproduzir e passar os genes para frente. Justamente por casos assim eu
não costumo recomendar casais de peixes que praticam o cuidado parental
(maioria dos ciclídeos) em aquários comunitários.
Fonte: http://www.sekaiscaping.com.br
http://arenales.com.br
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